• Shuffle
    Toggle On
    Toggle Off
  • Alphabetize
    Toggle On
    Toggle Off
  • Front First
    Toggle On
    Toggle Off
  • Both Sides
    Toggle On
    Toggle Off
  • Read
    Toggle On
    Toggle Off
Reading...
Front

Card Range To Study

through

image

Play button

image

Play button

image

Progress

1/15

Click to flip

Use LEFT and RIGHT arrow keys to navigate between flashcards;

Use UP and DOWN arrow keys to flip the card;

H to show hint;

A reads text to speech;

15 Cards in this Set

  • Front
  • Back

Hepatites virais crônicas: introdução

Marco: 6 meses...



Principais complicações: cirrose hepática (HCV princ.) e carcinoma hepatocelular (HBV princ.).

Hepatopatias crônicas: causas

Hepatites B, C, e esteato-hepatite alcoólica são principais.



Outras: hepatite autoimune, lesões tóxicas e medicamentosas, dç de Wilson, hemocromatose, deficiência de alfa-1-antitripsina.

Hepatites virais crônicas: classificação

Escore de Knodell-Ishak: avalia fibrose e atividade necroinflamatória.



Escore de Metavir: também avalia ambos. Usado na hepatite C.



Método não invasivo mais acurado para avaliar grau de fibrose hepática: Fibroscan (elastografia hepática).

Hepatites virais crônicas: clínica e laboratório

Oligo/assintomático. Depende de exames laboratoriais. Principalmente FADIGA.



- ALT e AST moderadamente elevadas (70-300 UI/L), com predomínio de ALT.


*AST (TGO) predomina na dç alcoólica e na cirrose avançada.



- biópsia ainda é melhor exame para predizer prognóstico.

Hepatite B crônica: introdução

HBsAg+, anti-HBc IgM- e IgG+



- 5% dos adultos cronificam. 25-50% das crianças e 90% dos RN. Quanto mais brando o quadro inicial (comum em crianças), mais cronifica.


- diferente do HCV, o HBV pode evoluir direto para hepatocarcinoma sem passar pela cirrose.


- prognóstico avaliado pela inflamação e fibrose à biópsia.

Hepatite B crônica: história natural

Há período replicativo, seguido de fase não replicativa com soroconversão com anti-HBe positivando.


Nessa fase, HBsAg + ou anti-HBs + (logo, HBsAg-) definem se é portador inativo ou se houve cura espontânea.


*alteração de transaminases indica atividade! No portador inativo, estão normais.


*monitorizar carga viral a cada 6 meses pelo risco de reativação.

Hepatite B crônica: clínica

Oligo/assintomático.


As manifestações extra-hepáticas na hepatite B são típicas da fase crônica: nefropatia membranosa, PAN...

Hepatite B crônica: tratamento

Indicação:


1. Lesão hepática (ALT > 2x LSN) + replicação viral (HBeAg +)


- se > 30a, basta determinar replicação


- se pré-core (HBeAg negativo), se HBV-DNA > 2000 UI/ml (+ ALT > 2x LSN)



*se não replicativo nos casos acima, não trata



2. Cirrose


3. Manifestações extra-hepáticas


4. Imunodepressão: QT, HIV, HCV reativação


5. HF de hepatocarcinoma



*dispensa biópsia hepática. Só em casos duvidosos.



Meta:


- cura (anti-HBs+) ou, pelo menos;


- controle replicativo (HBeAg- e anti-HBe+), gerando remissão clínica e histológica.


*com controle replicativo, evita progressão para cirrose (quanto menor o HBV-DNA, menor a chance)


Carga viral suprimida = < 10.000 cópias/ml ou 2.000 UI/ml.


- em mutantes pré-core: controla tratamento pela CV...



*tratamento é benéfico mesmo no pct já cirrótico.



Drogas:



- PEG-IFN: primeira opção, para HBeAg (+). Tratamento padrão dura 48 sem.


*contraindicações: dç hepática grave, fulminante, gestante, citopenia, câncer, dç autoimune, dç psiquiátrica



- tenofovir: ideal para HBeAg (-) pré-core, HIV e se ausência de resposta ao IFN.


*contraindicações: doença renal (tenefrovir), osteoporose, cirrose.


*por tempo indeterminado.



- entecavir: quando não pode as demais. Bom para cirróticos. Primeira escolha para paciente em QT ou imunossupressores. Tempo indeterminado.

Hepatite C crônica: introdução

Principal causa de óbito no Brasil por hepatite viral.



Manifestação extra-hepática mais comum é crioglobulinemia mista (tipo II).


As demais: GN membranoproliferativa, líquen plano, porfiria cutânea



Relação com câncer: carcinoma hepatocelular e linfomas não Hodgkin de células B.

Hepatite C crônica: tratamento

- confirmada a infecção ativa pelo HCV-RNA quantitativo (após teste com anti-HCV+), fazer genotipagem se for tratar...


- biópsia não é obrigatória. Pode utilizar escores como APRI e FIB4, e elastrografia hepática para avaliar grau de fibrose em hepatopatias crônicas.


- imunizar para HAV e HBV se sorologias vulneráveis...


- orientar abstinência alcoólica



Meta:


- HCV-RNA indetectável após tratamento - chamada resposta virológica sustentada, equivalente à cura.



Indicação de tto:


- hepatite C aguda ou crônica independente do estadiamento da fibrose hepática. Grau de fibrose interfere no esquema mas não na decisão de tratar.



Regras das drogas:


- para todos os genótipos: sofosbuvir + daclatasvir


- tto por 12 sem, exceto Child B e C: 24 sem.


- opcional para melhorar resposta: ribavirina



*gestação contraindica tto.


*coinfecção com HIV ou HBV: tratar de acordo com genótipo e o HIV/HBV conforme indicações próprias.

Insuficiência hepática fulminante: introdução e definição

Súbita e intensa disfunção hepatocelular com: encefalopatia, coagulopatia e predisposição a infecções.



Ou morre ou se recupera TOTALMENTE.



Tratamento padrão-ouro: transplante ortotópico de fígado.



Definição:


- surgimento de encefalopatia dentro de 8 semanas após início da doença, em pacientes sem hepatopatia prévia.


- surgimento de encefalopatia dentro de 2 semanas após início da icterícia, em pacientes com hepatopatia prévia.


*se após 8 ou 2 sem, respectivamente, porém antes de 6 meses, temos insuficiência hepática subfulminante.



- quanto mais aguda, maior chance de edema cerebral, porém menor chance de requerer transplante.


- quanto menos aguda, menor chance de edema cerebral, porém maior chance de requerer transplante.

IHF: etiologia

Duas principais causas:


- vírus hepatotrópicos (A, B, C, D, E) - principal no Brasil.


- toxicidade medicamentosa - principal nos EUA



A) virais:


- HBV: principal causa. Risco aumenta com coinfecção pelo HDV.


- HEV: em mulheres grávidas.



B) intoxicações:


- principal: paracetamol (dose tóxica de 7,5g/24h; danos em geral a partir se 12g). Limite seguro de 4g.


*prognóstico geralmente bom. Antídoto: N-acetilcisteína.

IHF: clínica e diagnóstico

Achados clínicos (icterícia, diminuição do volume hepático, encefalopatia) e bioquímicos (hiperbilirrubinemia, elevação de aminotransferases, alargamento do TAP/RNI, redução dos fatores V e VII).



*posteriormente, aminotransferases caem, conforme há perda de hepatócitos.

IHF: tratamento de suporte

1) desnutrição por hipercatabolismo: dieta com baixo teor proteico.



2) edema cerebral por toxinas do TGI não depuradas no fígado: controle da PIC e PPC, hiperventilação, manitol, coma barbitúrico.



3) encefalopatia hepática por hiperamoniemia e acúmulos de benzodiazepínicos endógenos: lactulose, metronidazol/neomicina.



4) hipoglicemia por redução da gliconeogênese, glicogenólise e depuração da insulina: monitorização e aporte de glicose.



5) coagulopatia por deficit de fatores, com sangramentos e CIVD (perde fatores de coagulação e também anticoagulantes e fibrinolíticos): monitorar TAP/RNI, ou fator V (o ideal, pois apesar de VII ter menor meia-vida, o V independe de vit K, mais específico); dar plasma fresco ou fator VII recombinante.



6) infecções por comprometimento do sistema imune: principais sinais são queda da função renal e piora da encefalopatia. Febre e secreções podem estar ausentes.

IHF: tratamento

Transplante ortotópico hepático é única medida que aumenta sobrevida.


Para definir se transplanta, usam-se critérios de King's College. Dispensa biópsia (risco e não muda decisão).


NÃO USAR MELD (não serve)...