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Climatério: definições e propedêutica básica

Climatério: desde o início de indícios de falha ovariana (mesmo que com ciclos regulares) até o início da senilidade (65 anos)



Perimenopausa: entre 2-8 anos antes da menopausa (aqui já com irregularidade menstrual) até 12 meses após a menopausa.



Menopausa: a última menstruação. Diagnóstico retrospectivo 12 meses a frente. Precoce se <40a, tardia se >55a. Média de 51a.



Pós-menopausa: 12 meses após até 65a.



Senilidade: a partir de 65a.



Propedêutica básica:


- ver foto. Notar que FSH, LH e estrogênio não precisam ser dosados... se clínica compatível, basta. Dosar em casos de falência prematura, por ex.

Climatério: perimenopausa

Decorar quadro.



Clínica:


- sintoma cardinal é irregularidade menstrual


- fogachos


- SUA: avaliação histopatológica. Se endométrio menor que 5mm (afastando ca), tratar com progesterona simulando a segunda fase do ciclo (essa é a conduta na perimenopausa sem clínica hipoestrogênica!) até haver deficit de estrogênio, quando o adiciona, instituindo ACO ou TH.

Climatério: menopausa

A) estrogênio:


- ovários têm produção desprezível


- estrona circulante vem da aromatização periférica no tecido adiposo de androgênios (androtesnediona e testosterona)


*obesas: muito estrogênio sem progesterona, aumento risco de hiperplasia/câncer de endométrio


*magras: menos estrogênio, maior risco de osteoporose



B) androgênios:


- produção ovariana cai, mas passa a ser a principal função do ovário


- substrato para aromatização


- principal: androstenediona



C) progesterona:


- cessa



D) gonadotrofinas:


- aumentam devido à ausência de feedback negativo


- ausência de menstruação + elevação de FSH e LH = falência ovariana

Climatério: pós-menopausa

A) alterações precoces:


- amenorreia prolongada


- alterações vasomotoras (fogachos), com rubor em face, pescoço e tórax, sudorese e sensação de calor, podendo haver palpitações e ansiedade. 1 a 3min, várias vezes ao dia. Não é patognomônico de menopausa.


- diminuição da libido e alteração de sono e humor



B) alterações em longo prazo


- atrofia vaginal


*índice de maturação no exame citológico em 100 células, superficiais/intermediárias/parabasais. Normal é 30-60/40-70/0. Na atrofia, aparecem parabasais podendo ser 0/0/100.


- SUA: 30% TH, 30% atrofia, 15% ca de endométrio


- risco CV: aumenta com queda de estrogênio, em especial pela maior tendência a aterosclerose.


- osteoporose: flashcard a seguir.

Climatério: osteoporose

Doença esquelética sistêmica com menor massa óssea e deterioração da arquitetura.



- osso cortical: denso e compacto, 80% da massa


- osso trabecular/esponjoso: mais metabolicamente ativo. Com mais remodelação óssea, assim mais associado a fraturas.



Fatores de risco:


- idade: principal. Pico de massa óssea aos 30 anos. Depois perde gradativamente.


- HF


- deficiência de estrogênio: deficit leva a predomínio da ação de osteoclastos.


- biotipo magro: menos estrona.



Fraturas mais comuns: colo de fêmur, coluna vertebral, antebraço distal (fratura de Colles). As de coluna são as mais comuns.


- colapso de corpos vertebrais: diminui estatura. Foto na dica.



Diagnóstico: em geral pela clínica após fratura atraumática ou de mecanismo de trauma desproporcional.


- densitometria mineral óssea (L2-L4 e trocanter femoral)


- Z-score: comparado a mulheres da mesma idade.


- T-escore: comparado a mulheres jovens 25-45a, por raça.



- critérios: decorar foto. Dx se dá pelo T-score, e não pelo Z-score.



Indicações de densitometria: variam muito. Individualizar. Mas se guiar por cenários de risco.


- mulheres > 65 anos e homens > 70a mesmo sem fatores de risco


- mulheres pós-menopausa e homens > 50a se risco de fratura


- adultos > 50a com fraturas


- artrite reumatoide, uso de corticoides

Climatério: terapia hormonal (I)

Tempo de uso: depende das demandas, resultados, efeitos adversos. Nada pré-estabelecido.



Início: no início da falência ovariana, ou em até 10 anos da menopausa. Janela de oportunidade em que TH diminui risco CV. Se iniciada após, aumenta risco.


*solicitar antes: colesterol e frações, triglicérides, Gj, MMG, USGTV


*não há tempo máximo para uso



Indicações:


*não fazemos em assintomáticas



A) fogachos:


- indicação mais comum. Foco em prover estrogênio.


- terapias comportamentais: MEV, acupuntura


- Outras opções: tibolona, clonidina, venlafaxina, paroxetina. Fitoestrogênios sem comprovação.



B) atrofia vaginal:


- se sem perda óssea ou fogachos (demandas sistêmicas de TH), preferir tto tópico estrogênico (nesse caso, dispensa progestogênio). Não tem as CI da terapia sistêmica.



C) Osteoporose:


- MEV: exercício, dieta e cessar tabagismo


- osteopenia: MEV. Drogas apenas se fatores adicionais de risco para osteoporose.


- terapias: indicadas na osteoporose à Dx, osteopenia em > 70a, uso de glicocorticoides em dose imunomoduladora, fraturas de baixo impacto


*estrogênio: inibe reabsorção óssea. Usar progestogênio associado para proteção endometrial.


* bifosfonados: drogas de escolha para osteoporose. Inibem reabsorção óssea. Alendronato e risedronato (o último é o melhor para prevenção secundária), por ex. Não usar se ClCr < 30ml/min.


* raloxifeno: modulador seletivo do receptor de estrogênio


* calcitonina: inibe reabsorção óssea


* tibolona: progestogênio que é convertido em composto com ações estrogênicas/progestogênicas/androgênicas.


* cálcio: não deve ser utilizado isolado. Mais útil em pacientes sem osteoporose ainda, apenas deficit de ingesta. Diminui perda óssea. Combinar com outras drogas. Usamos desde o início do tratamento, primeiramente junto à vitamina D.


* vitamina D: geralmente usada com cálcio. Indicar para todas as pacientes acima de 70 anos.

Climatério: terapia hormonal (II)

Efeitos adversos:


- hiperplasia e câncer de endométrio. Acompanhar anualmente por USG ou bx o endométrio. TH combinada diminui risco.


- se instituída até 10 anos após menopausa, diminui risco CV (janela de oportunidade). Se depois, aumenta.



Contraindicações:


- ca de mama/de endométrio


- sangramento vaginal indeterminado


- AVE, IAM, TEP, TVP


- dç hepática grave ativa


- porfiria



Essas contraindicações valem para a tibolona também.


Alternativa: antidepressivos, como paroxetina, venlafaxina ou fluoxetina.



>> Estudo WHI: terapia combinada (E+P) = diminuiu ca colorretal, aumentou risco CV, aumentou ca de mama

Climatério: terapia hormonal (III)

Regimes:



A) reposição estrogênica isolada:


- indicada para pacientes histerectomizadas, exceto se por doença estrogênio-dependente, como endometriose


- se tratamento tópico, dispensa progestogênicos mesmo em mulheres com útero



B) reposição combinada:


- útero preservado, para proteção endometrial


- estrogênio + progestogênio / tibolona



Vias de administração:



A) estrogênio:


- padrão, sem comorbidades: ORAL


- PAtologias em geral (hepática, HAS, DM, coagulopatia, alergia, fumo) >> PArenteral (transdérmica)


- COlesterol alto >> COmprimido. Exceto triglicerídeos, se altos, parenteral.


*exame que auxilia a escolher via: perfil lipídico.



B) progesterona: oral ou SIU-LNG

Incontinência urinária: conceitos

Perda involutária de qualquer volume de urina



Mais comum em mulheres por: uretra mais curta, injúria musculofascial obstétrica

IU: anatomia do trato urinário inferior

A) bexiga:


- corpo e base separados pelos orifícios ureterais


- epitélio transicional (entre cilíndrico simples do ureter e estratificado da uretra)


- músculo detrusor: camadas externa e interna longitudinais e intermediária circular. Inervação parassimpática (acetilcolina)


- trígono vesical: na base. Limitado acima pelos orifícios ureterais e abaixo pela uretra proximal



B) uretra:


- 4 a 5 cm


- epitélio varia de transicional internamente a escamoso estratificado externamente


- camada muscular circular externa (esfíncter externo da uretra) e interna contínua com colo vesical.



C) inervação:


- enchimento vesical pelo SNA simpático. Esvaziamento pelo parassimpático.



1. Simpático:


- noradrenalina


- receptores do colo vesical, com ação alfa-adrenérgica predominante na uretra gerando contração esfincteriana.


- receptores do corpo vesical, com ação beta-adrenérgica gerando relaxamento do detrusor.



2. Parassimpático


- acetilcolina


- receptores muscarínicos, gerando contração do detrusor



3. Sistema nervoso somático


- secundário


- inerva assoalho pélvico e esfíncter externo da uretra


- controle voluntário da micção

IU: neurofisiologia

Continência urinária: existência de pressão uretral maior do que a intravesical em repouso e ao esforço.



Mecanismos esfincterianos:


a) mecanismo ativo/extrínseco: musculatura pélvica que tensiona uretra se aumentar pressão intra-vesical (como tosse). Falha gera incontinência de esforço.



b) mecanismo passivo/intrínseco: tônus uretral adrenérgico e integridade da uretra



Fases de esvaziamento e enchimento:


a) enchimento: enquanto ocorre complacência/acomodação vesical. Maior volume gera desejo miccional, com controle cortical da inibição da contração do detrusor e da contração voluntária do assoalho pélvico.



b) esvaziamento: fase de iniciação e fase de micção.

IU: sintomas e sinais

- IU de esforço: tosse, riso, exercício


- IU por urgência: acompanha ou precede micção


- IU mista


- hesitação: dificuldade de iniciar


- jato fraco


- jato intermitente


- sensação de esvaziamento incompleto


- gotejamento pós-miccional


- retenção urinária: inabilidade de urinar apesar do esforço para tal

IU: exame físico

Exame uroginecológico:


- avaliação funcional do assoalho pélvico: inspeção e palpação da contratilidade


- teste de perda urinária: manobras de esforço


- medida de volume pós-miccional: avalia esvaziamento. Piora incontinência pois mantém bexiga distendida, facilitando perda. Avalia por cateter ou USG. Normal até 50ml.

IU: exames complementares

1. EAS



2. Urinocultura: compulsória antes de procedimentos invasivos de uretra e bexiga. E. coli pode simular IU. Faz antes da avaliação urodinâmica, inclusive.



*1 e 2 são os exames iniciais.



3. Diário miccional



4. Teste do absorvente/Pad-Test/do protetor: quantifica perda urinária pesando absorvente antes e depois de 24-48hrs.



5. Teste de mobilidade do colo vesical: identificam hipermobilidade do colo vesical/junção uretrovesical.


- teste do cotonete (Q-Tip test): cotonete inserido na uretra até junção uretrovesical. Positivo se ângulo varia mais que 30 graus ao repouso e ao esforço (tosse, Valsalva).


- USG: avalia mobilidade do colo ao esforço sobre a sínfise púbica.



6. Avaliação urodinâmica:


- principal método propedêutico


- flashcard seguinte



> indicações:


- IUE sem perda de urina ao exame físico


- IU mista


- falha no tratamento clínico


- pré-operatório

IU: exames complementares - avaliação urodinâmica

1. Urofluxometria:


- gráfico do volume e fluxo urinários


- na mulher, dado mais importante é fluxo máximo (acima de 15ml/s), pois se menor pode indicar obstrução uretral ou deficit contrátil do detrusor



2. Cistometria:


- traça relação pressão/volume para avaliar detrusor


- pressão vesical (PV), abdominal (PA, via retal) e detrusora (PD, virtual), sendo PV-PA=PD.


*se PD tende a zero, é o certo. Se diferente de zero, temos detrusor contraindo espontaneamente (ver foto, seria bexiga hiperativa).



- pressão de perda: se >90cmH2O sugere hipermobilidade de colo; se <60 sugere defeito esfincteriano. Isso no espectro da IU de esforço.



3. Estudo miccional: avalia fase de esvaziamento



4. Perfil pressórico uretral



5. Eletroneuromiografia: em neuropatas. Avalia esfíncter esterno e elevador do ânus.



*videourodinâmica: associa estudo radiológico. Padrão-ouro atual.

IU: classificação

Via uretral: foco aqui. Por esforço ou de urgência.



Via extrauretral: fístulas? Ureter ectópico? Cirurgia prévia?


- perda insensível de urina


- fístulas vesicovaginal (requer cistoscopia, alta drenagem) ou ureterovaginal (requer urografia excretora, baixa drenagem)

IU: de esforço

Sinonímia: de estresse



O mais frequente.


- perda urinária aos esforços (riso, tosse, exercício)


- toda perda involuntária pelo meato externo uretral, quando pressão intravesical excede a máxima de fechamento uretral, sem contração do detrusor.



Teorias:


- hipermobilidade do colo vesical (pressão de perda >90cmH2O)


- deficiência intrínseca do esfíncter (< 60cmH2O)

IU: de urgência (bexiga hiperativa)

Prevalência aumenta com idade.



Pode ou não haver hiperatividade do detrusor. Assim, bexiga hiperativa é um síndrome que pode ou não ter na hiperatividade do detrusor um diagnóstico urodinâmico.



Hiperatividade do detrusor:


- Idiopática: mais comum. Também chamada de instabilidade do detrusor. Há contrações não inibidas (CNI).


- neurogênica: neuropatias. Hiper-reflexia do detrusor. CNI por lesão neurológica.



*cistometria detecta CNIs.

IU: outras

Mista:


- as duas associadas. Avaliação revela perda ao esforço e contrações não inibidas (se não houver CNIs, não pode afirmar que é mista).


- tratar primeiro a hiperatividade. Se ainda persistir, trata a de esforço com cirurgia.



Por transbordamento:


- pressão intravesical supera uretral, mas sem atividade do detrusor. Músculo não contrai, urina por falta de espaço.


- neuropatias (DM, esclerose múltipla, etc)

IU: tratamento da IU de esforço

* segundo OMS, a terapêutica fisioterápica deve preceder a escolha por cirurgia. Mas as questões já indicam cirurgia em especial para casos mais pronunciados de IUE por deficiência esfincteriana.


* muitas questões trazem cistocele associada. Não precisamos corrigi-la a não ser que seja sintomática. Tratamos a incontinência normalmente.



A) tratamento conservador:


- IUE leve ou paciente de alto risco cirúrgico mesmo com IUE de maior grau



- MEV: perda de peso


- exercícios perineais de Kegel: melhora ou mesmo cura


- eletroestimulação


- cones vaginais: mobiliza musculatura local. Pode associar a Kegel


- pessários: estabilizam hipermotilidade da junção uretrovesical


- biofeedback



- medicações: papel secundário. Duloxetina (no Brasil, não usa para IU, aumenta suicídio), reposição estrogênica tópica (inclusive no pré-op).



B) tratamento cirúrgico:


- falha do tto conservador


- atualmente, ambos os tipos de IUE (hipermobilidade e deficiência esfincteriana) utilizam técnicas de sling


*anteriormente, utilizava-se cirurgia de Burch para IUE por hipermobilidade do colo!



- injeção periuretral de colágeno: curta duração. Casos excepcionais.



*slings:


1. TVT (alça livre de tensão) - retropúbica, obrigando citoscopia posterior por risco de lesão vesical


- TVT preferencial à TOT... também corrige cistocele.



2. TOT (alça transobturatória) - faixa suburetral. Dispensa citoscopia.

IU: tratamento da bexiga hiperativa

Tratamento exclusivamente clínico!! Pode começar antes mesmo da avaliação urodinâmica.



Medidas gerais: perda de peso, menor ingesta hídrica, cessar tabagismo, menor consumo de cafeína



Técnicas comportamentais: retreinamento vesical, cinesioterapia (1a linha), eletroestimulação



Medicações: anticolinérgicos. Bloqueiam receptores muscarínicos da bexiga.


- oxibutinina


- tolterodina (menos efeitos adversos que a oxibutinina)


- tricíclicos (imipramina)


- darifenacina


*contraindicações: glaucoma de ângulo fechado, arritmias, gravidez, lactação, RCU...



Alternativa: toxina botulínica



Novidade 2019: agonista do receptor beta (que relaxa o detrusor): mirabegrona (agonista B3 adrenérgico)... menos efeitos colaterais, como xerostomia, etc