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Osteoartrose: conceitos

Mais prevalente das reumatopatias


Osteoartrose = osteoartrite



Dç degenerativa das articulações sinoviais



- dor e limitação funcional


- na rx, osteófitos, redução do espaço articular e esclerose de osso subcondral (hipotransparência)


- elemento-alvo: perda da integridade da cartilagem articular



Fatores de risco: idade > 45a, sexo feminino, HF, obesidade, traumas articulares


*prevalência chega a 50% na população idosa


Fatores protetores: osteoporose e tabagismo



Patologia:


- alterações da cartilagem: perda progressiva dela, com eventual exposição de osso subcondral


- alterações do osso subcondral: esclerose óssea, cistos subcondrais, OSTEÓFITOS (característicos). Ocorrem através de ossificação secundária à neoformação cartilaginosa nas margens da articulação acometida.


- sinovite: justifica o emprego do termo osteoartrite. Decorrente da liberação de fragmentos ósseos e cartilaginosos.


- balanço negativo no metabolismo cartilaginoso (degradação > síntese)

Osteoartrose: clínica

- pode haver sinais radiológicos sem sintomas na fase inicial (cartilagem insensível à dor)



- mais acometidas: primeira metatarsofalangeana (hálux valgo), interapofisárias (coluna vertebral), IFD, IFP, joelhos e quadril


*poupa metacarpofalangeanas, tornozelo



*coluna vertebral: princ. cervical e lombar. Dor piora com extensão (difere da hérnia de disco, que piora com flexão)



*quadril: pode irradiar, ter sinal de Thomas (deformidade física em flexão do quadril), incapacidade de fazer rotação interna da coxa. Sem deficit neurológico, sem Lasègue.



*joelho: se derrame articular, temos sinal da tecla (patela que afunda). Pode gerar geno varo (arqueado).



Principal sintoma: dor articular que piora com movimento. Evolui com dor ao repouso e até dor noturna


- rigidez matinal, até 30 min (difere das artrites inflamatórias, que têm rigidez > 1h). Rigidez mecânica.


- sensação de insegurança, limitação do arco de movimento


- crepitações audíveis/palpáveis



- nódulos de Heberden: dorso das IFD. Também na artrite psoriásica.


- nódulos de Bouchard: dorso das IFP. Também na artrite reumatoide.


*esses nódulos são osteófitos palpáveis. São quase patognomônicos.



Radiologia: osteófitos, menor espaço articular, esclerose do osso subcondral, cistos subcondrais (hipertransparência), colapso do osso subcondral


*radiologia e clínica não guardam boa correlação. Pode ser assintomático com imagem exuberante ou o oposto.



Laboratório: FR, FAN, e atividade inflamatória negativas


*vale lembrar porém que 20% da população idosa tem FR positivo em títulos baixos.


- líquido sinovial: não inflamatório (menos de 2.000 leucócitos/ml, podendo predominar LMN)



*artropatia de Charcot/neuropática: forma severa de OA associada a perda sensorial. Associada ao DM, por ex.

Osteoartrose: tratamento

Sintomático:



- não farmacológico: em casos leves a moderados. Redução ponderal, calçados acolchoados, atividades físicas orientadas, fisioterapia, repouso programado, estimulação nervosa elétrica transcutânea



- analgesia:


> pode incluir creme de capsaicina


> primeira escolha: paracetamol


> escalonar: paracetamol > AINE (ibuprofeno, celecoxib) > corticoide intra-articular (dura 4-6sem)


*AINE tem contraindicação relativa, pelos efeitos adversos do uso crônico.



- intervenções:


> lavagem da articulação com SF. Retira debris por artroscopia


> artroplastia total (> 65a). Melhor resultado até hoje.

Gota: conceitos

Artropatia por cristais. Urato monossódico.



Níveis fisiológicos de ácido úrico:


- homem: 3 a 7 mg/dl


- mulher: 2 a 6 mg/dl


*solubilidade cai com queda de temperatura, ocorrendo mais em articulações periféricas.



Epidemiologia:


- homens, 40-50a


*se ocorrer em mulher, tende a ser pós-menopausa. Pois estrogênio é uricosúrico.



Hiperuricemia:


- em geral há décadas de hiperuricemia antes que se manifeste.



- excesso de produção e/ou falha na eliminação renal


*maioria é deficit na eliminação, 90%


*excesso de produção se revela por mais de 800mg de ác úrico na urina em 24h


*produzido a partir de purinas (base nitrogenada). Xantina oxidase a converte em ác úrico (que circula como urato). Origem: metabolismo celular e dieta (carne, cerveja, frutos do mar)


*causas secundárias: álcool, obesidade, HAS, diuréticos (princ tiazídicos)

Gota: clínica

Quatro fases:


1. Hiperuricemia assintomática (ainda não é dç)


2. Artrite gotosa aguda


3. Gota intercrítica


4. Gota tofosa crônica


*todas são reversíveis


*2, 3 e 4 podem apresentar nefrolitíase



A. Hiperuricemia assintomática:


- apenas 5% desses pacientes evoluem para próximas fases


- risco aumenta com nível de hiperuricemia e a duração



B. Artrite gotosa aguda:


- geralmente abre com monoartrite sem repercussão sistêmica. Dor intensa e súbita.


- em crises seguintes, pode ter padrão oligo/poliarticular com febre, por ex.


- autolimitada, 3-10d


- prefere articulação mais fria e mais distal: #1 grande artelho (podagra); #2 metatarso, #3 tornozelo, #4 calcanhar, #5 joelhos


- cristais se formam na articulação


- neutrófilos reagem mas morrem "de indigestão". Há processo de inflamação (inclusive com liberação de proteases de neutrófilos)


- pode acontecer após variação súbita dos níveis de ác úrico (ingesta de cerveja, etc) ou mesmo com níveis normais (ác úrico cai pós cronicamente alto, levando à dissolução de cristais, que expõem então mais ácido).



C. Período intercrítico:


- após primeira crise, remite completamente sem sequelas. Sem tratamento, dura aprox 10 dias.


- 93% terá recidivas, que se tornam menos espaçadas e mais graves, podendo haver sequelas residuais, e acometer mais articulações (poliartrite).



D. Gota tofosa crônica:


- hiperuricemia não tratada por anos


- pode haver formação e depósito de cristais de urato monossódico em tecidos. Local clássico: hélice do pavilhão auricular externo. Tofo: cristais + tec granulomatoso.


- quanto mais tofos, mais benignos e menos frequentes são os sintomas articulares.



OBS: nefrolitíase ocorrem em 20% dos pcts (pH < 5,5, eliminação maior que 800mg/dia de ác úrico). Nefropatia gotosa por urato: tofos no parênquima renal.

Gota: diagnóstico

- clínica


- monoartrite = punção do líquido articular (artrocentese), para fazer ddx com artrite infecciosa. Aqui, tendemos a ter quadro afebril, ao contrário da artrite séptica.


Visa a identificar cristais com birrefringência negativa dentro dos neutrófilos (confirma se achar, mas não afasta se não achar).


*se não achar birrefringência negativa, pode selar com: clínica compatível, hiperuricemia, e resposta a colchicina.


*há leucocitose altíssima, similar a artrite séptica.



- radiologia: erosões em saca-bocado


- bordas ósseas proeminentes (sinal de Martel)


- preservação do espaço articular e ausência de osteopenia

Gota: tratamento

A) crise da artrite gotosa:



- AINE (primeira linha): indometacina, naproxeno é o mais usado


- colchicina (segunda linha): reservada para quando AINEs estão contraindicados. Muitos sintomas adversos, princ náuseas e vômitos. Inibe microtúbulos e microfilamentos dos leucócitos.



*corticoides (em exceções, com IR em que ambos acima são CI) ou ACTH (que libera corticoides endógenos)



Não devemos tentar reduzir o ácido úrico aqui, pois pode piorar. Logo, não usamos AAS (faz ác úrico oscilar) ou alopurinol. A não ser que já esteja em uso de alopurinol (claramente devemos manter para oscilar menos...) Decorar isso!



B) profilaxia da crise:



- COLCHICINA 0,5mg 12/12h. Não tem efeito sobre níveis de uricemia.


- dieta, perda de peso, etc



- tratar hiperuricemia:



1. Nos primeiros 5-10d, usamos colchicina isolada.



2. Uricosúricos: probenecida/sulfimpirazona. Para pacientes < 60a, com eliminação renal < 600mg/dia sem história de nefropatia ou nefrolitíase.


*losartana, anlodipino, fenofibrato, artovastatina: uricosúricos.


> lembrando que tiazídico é ruim para gotosos.



3. Alopurinol: reduz síntese. Mais indicado para nefropatas ou com nefrolitíase, com eliminação > 800mg/dia, ou com falha dos uricosúricos.


*pode associar ambos



> o próprio tratamento pode induzir crise. Usar colchicina profilática por 6 meses.



C) tratamento da hiperuricemia assintomática:


- a princípio, desnecessário


- indicações: se uricemia > 10 em mulheres ou 13 em homens. Ou se uricosúria > 1.100 mg/dia (maior risco de nefrolitíase). Ou prevenção da SLT em pacientes em QT.

Febre reumática: conceitos

Sequela tardia de infecção de vias aéreas superiores pelo Streptococcus pyogenes (beta-hemolítico do grupo A)



- valvopatia reumática crônica: dç CV adquirida mais frequente em adolescentes e adultos jovens


- principal causa de óbito por doença cardíaca em menores de 40 anos.


- a FR ocorre após a infecção da VIA FARÍNGEA apenas.



Epidemiologia:


- acompanha a da faringoamigdalite estreptocócica: 5-15 anos


- meninas (discretamente)


- baixo nível socioeconômico e ambientes conglomerados


- história prévia de FR é principal fator de risco


- 1/3 dos casos têm história de faringoamigdalite leve ou mesmo sem sintomas (ou seja, ausência dessa história não afasta)

FR: quadro clínico (I)

PROTÓTIPO: febre, sintomas constitucionais, poliartrite migratória, com ou sem sopro cardíaco


- período de latência: 2-4sem



Acomete tecido conjuntivo. Lesões inflamatórias focais denominadas nódulos de Aschoff são patognomônicas.



1. Artrite:


- 60-80%


- poliarticular, assimétrica, migratória. Dor exuberante. Grandes articulações periféricas.


- em cada articulação: 1-5d. No todo, dura 2-4sem


- sem sequelas


- tratamento: AAS (resposta dramática)


- quanto pior a artrite, mais branda a cardite. Costumam aparecer em momentos diferentes (artrite é mais precoce).



2. Cardite:


- 50-60%


- piora com recidivas, sequelas cumulativas


- dura cerca de 2 meses


- pancardite reumática exsudativa. Principalmente endocardite (valvulite)


- valvas: #1mitral (quase sempre), #2 aórtica



- lesão aguda: insuficiência, sopro de regurgitação (sistólico)


- lesão crônica (recidivas): estenose valvar, sopro de ejeção



Principais sopros:


- SOPRO DE INS MITRAL (sopro holossistólico, em ápice, irradia para axila e dorso)


- SOPRO DE CAREY COOMBS


- SOPRO DE INS AÓRTICA



- cardite subclínica também conta como critério maior (ECO...)


- miocardite: maioria assintomática


- criança com IC aguda: pensar em FR


- pericardite: dor torácica, atrito pericárdico/supra ST disseminado, infra de PR

FR: quadro clínico (II)

3. Eritema marginado:


- 1% dos pacientes


- rash eritematoso maculopapular, com centro claro. Sem prurido ou dor.


- caráter migratório


- associado à cardite


- sem sequelas



4. Nódulos subcutâneos:


- 1% dos pacientes


- regiões extensoras das articulações


- associados à cardite e indicam gravidade


- não incomodam


- duram até 1 mês



5. Coreia de Sydenham (Dança de São Vito):


- 20% dos pacientes


- surge 1-6 meses após início de FR. Em geral após regredirem demais sintomas


- CAUSA MAIS COMUM DE COREIA EM CRIANÇAS


- mais em meninas


- autoanticorpos atacam núcleos da base


- desaparece com sono e sedação, piora com estresse


- labilidade emocional, queda do rendimento escolar


- pode ser a única manifestação da doença


- autolimitada, dura 3-4 meses. Sem sequelas.

FR: laboratório

Reagentes de fase aguda:



A) PCR: primeira a subir e primeira a normalizar (após 2sem)



B) VHS: segunda a subir e se normaliza antes de a doença acabar. Sofre efeito do tratamento.



C) mucoproteínas (princ. alfa-1 glicoptn ácida): normal até 4mg/dl. Últimas a se elevarem (1-2sem) mas só normalizam com fim da inflamação (incluindo cardite). Não sofrem ação do tratamento. Bom para acompanhar. Não é específico, não faz diagnóstico.



Avaliação da infecção estreptocócica:


- antiesteptolisina O (ASLO) é o principal (sens 80%)


- se quiser aumentar sensibilidade: anti-DNAse B e anti-hialuronidase


- ASLO elevada no Brasil se > 333 unidades Todd


- se eleva 1 semana após infecção e pode permanecer elevada por 1-6 meses.



*ao contrário da GNPE, não cai complemento!

FR: diagnóstico

- varia entre países de alto e baixo risco



Decorar fotos acima e na dica.

FR: tratamento

A) na FR:



1. Erradicar S. pyogenes:


- primeira escolha: penicilina G benzatina DU, IM


- não intefere no quadro atual, mas evita transmissão e recidiva


- seguir antibioticoprofilaxia secundária de imediato



2. Sintomas:


- artrite, febre, e outros: AAS (ou prednisona em adultos se sem resposta ao AAS)


- cardite: prednisona


- coreia: fenobarbital, haloperidol, ác valproico. Repouso e ambiente calmo podem bastar.



B) profilaxia:



1. Primária: antes da primeira FR. Penicilina G benzatina DU IM até 9d da infecção estreptocócica.



2. Secundária: penicilina G benzatina a cada 21d


- ver foto (lembrar que regurgitação mitral mínima não conta).


*até 40a apenas se sem contato com crianças.


*azitromicia/eritromicina diariamente em alérgicos

Artrite infecciosa: conceitos

Invasão direta das articulações pelo agente microbiano (difere das artrites reativas, estéreis)



> Artrite infecciosa bacteriana (séptica):


- via hematogênica (principal, capilares articulares sem membrana basal), inoculação direta (trauma, artroscopia/centese), contiguidade (osteomielite, celulite)



- mais em homem


*exceção: artrite gonocócica (MULHER!)



- resposta inflamatória por neutrófilos



- fatores de risco: comorbidades articulares (como AR), diabetes, uso de drogas ilícitas, câncer, uso de próteses, imunossupressão, imunodeficiência, > 60a



- joelho é articulação mais acometida, seguido do quadril



- impotência funcional é fortemente sugestiva. Osteomielite, bursites e celulites não afetam arco de movimento.



Etiologia: varia com a faixa etária, mas basicamente é o Staph aureus. Uma exceção são adolescentes e jovens em vida sexual ativa: Neisseria gonorrhoeae

Artrite infecciosa: classificação (I)

(A) artrite não gonocócica:


- S. aureus


- durante bacteremia, principal fator se risco para acometer articulação é lesão articular prévia (AR, osteoartrose)


- maioria monoartrite (oligoartrite em AR, LES...)



- líquido sinovial turvo. Celularidade entre 25.000 e 250.000/mm3 (80% neutrófilos)


- diagnóstico final é artrocentese



(B) artrite por micobactéria:


- tuberculose: monoartrite crônica. Principalmente joelho e quadril. Tratamento: RIPE 6 meses convencional


- hanseníase: reativa (maioria) ou infecciosa



(C) artrite por fungos:


- esporotricose. Anfotericina B.



(D) artrite por vírus:


- rubéola, hep B, HIV. Sintomáticos, autolimitadas

Artrite infecciosa: classificação (II)

E) artrite gonocócica:


- 20-30a



- duas fases sequenciais:



1. Sd artrite-dermatite (fase poliarticular): pústulas/vesículas indolores com centros necróticos/hemorrágicos em extremidades, e acometimento poliarticular assimétrico periférico


*gonococcemia: hemocultura positiva (cultura sinovial é em geral negativa)


*não isola gonococo na pele



2. Artrite supurativa (fase monoarticular): hemocultura frequentemente negativa. Cultura sinovial positiva. "Fixa" em uma articulação.


- líquido sinovial: 10.000 a 100.000/mm3 leucócitos, maioria neutrófilos



Conduta:


- sempre fazemos punção para avaliar o agente. Também iniciamos a ATB empírica até cultura sair.


*em geral, basta punção aspirativa para coletar, mas em articulações como quadril, que são de difícil acesso, precisamos de drenagem cirúrgica.



- ATB: 7-10d. Intravenoso. Oral não é bom, e intra-articular pode piorar inflamação.


> se aparenta gonococo: ceftriaxona IM. Resposta dramática!


> se aparenta S aureus: penicilina cristalina, oxacilina, ceftriaxona


> se recém nascido (S aureus e estreptococo e gram negativos entéricos): oxacilina + cefotaxime



- fazemos punção aspirativa em todos os casos diariamente por 7-10d


- em infecções em próteses, em geral substituímos a prótese.

Fibromialgia

Distúrbio do processamento central de estímulos álgicos.



Queixa de dor musculoesquelética crônica, generalizada. Pode acompanhar fadiga, distúrbio do sono, cefaleia, parestesias, sd cólon irritável, alterações de humor


- 90% mulheres


- depleção de serotonina e aumento de substância P


- muito mais comum no HIV



- não é um diagnóstico de exclusão. Usamos critérios de pontuação.


- pode haver diagnóstico sem tender points



Exame físico:


- tender points (são 9x2 bilaterais), nódulos musculares


- não altera sensibilidade ou força, não há inflamação de tendões ou sinóvias


- dor miofascial é ddx. Localizada!! Trigger point.



Diagnóstico:


- dor musculoesquelética generalizada > 3 meses + 11 ou mais dos tender points dolorosos à digitopressão.



Tratamento:


- atividades físicas diárias


- moduladores centrais de dor: primeira escolha é amitriptilina; outros (duloxetina, ciclobenzapina, analgésicos simples)

Extra: Hérnia de disco

Disco intervertebral: núcleo pulposo circundado por ânulo fibroso.



Patogenia: anéis podem inflamar e até romper, herniando núcleo e comprimindo raízes nervosas.



Mais comuns: entre L4-L5 e L5-S1.



Clínica:


- lombociatalgia (lombalgia + dor radicular). Piora com flexão.


- sd cauda equina: em quadros graves. Anestesia em sela, retenção urinária com incontinência por transbordamento, incontinência fecal, perda dos reflexos sacrais (bulbocavernoso e esfincteriano anal).



*L1: dor inguinal, reflexos ok.


*L2-L4: irradia para anterior da coxa e medial da perna. Acomete reflexo patelar (n. femoral).


*L5: nádega, lateral de coxa e perna, dorso do pé, reflexos ok


*S1: nádega, face posterior de coxa e perna, planta do pé. Acomete reflexo aquileu (n. tibial).



- sinais:


> Lasègue: exacerbação da dor quando flete coxa com joelho estendido entre 10 e 60 graus de elevação.


*Lasègue cruzado: mais específico, porém menos sensível. Elevação do lado não acometido gera dor do lado acometido.


> manobra de Valsalva: piora dor.



Diagnóstico:


- RM: exame mais sensível, o melhor!


- eletroneuromiografia: complementa RM, sendo mais específico



Tratamento:


- conservador: repouso, analgesia (dipirona, paracetamol... AINEs, corticoides)


- infiltração epidural com corticoide, anestésicos e opioides


- cirurgia: sd cauda equina (emergencial), refratariedade, fraqueza motora progressiva, distúrbios vesical ou intestinal.


*hemilaminectomia parcial. Não é curativo. Apenas maneja.

Extra: pseudogota/condrocalcinose

Resposta: A



Pirofosfato de cálcio.



Pseudogota: forma aguda


Condrocalcinose (depósito de cálcio nos meniscos ou nas cartilagens articulares): forma crônica



Mulheres, > 60a.



Pseudogota:


- mais em joelho


- artrocentese: fraca birrefringência positiva e formato romboide



Tratamento:


- AINE + aspiração articular


- colchicina


- GC intra-articular

Extra: inervação do MMSS

- C4: não eleva ombro. Reflexos preservados.


- C5: abdução e elevação do braço. Reflexo bicipital (C5-C6, n. musculocutâneo)


- C6: flexão do cotovelo. Dor na face lateral e no polegar. Reflexos bicipital e braquiorradial (C5-C6, n. radial).


- C7: compromete aperto de mão e abdução dos dedos. Reflexos preservados.


- C8: afeta reflexo tricipital (C6-C8, n. radial)

Extra: vertigem

Tripé: labirinto, visão (causa incomum, apenas quando deficit visual mal corrigido), propriocepção (causa rara)



Causas:


- central: tronco e cerebelo


- periféricas: labirinto. 80%.


- fisiológica: grandes alturas ou cinetose (barco, etc...)



Central x periférica:


1. Nistagmo:


- periférico: horizontal ou rotatório, inibido pela fixação visual.


- central: vertical, não inibido.


* teste provocativo: teste de Dix-Hallpike



2. Teste de Romberg: se desequilibrar com olhos fechados, é vestibular ou propriocepção.



3. Marcha com olhos fechados: vestibular se desvia mais de 30 graus da trajetória. Nos quadros centrais, oscila.



4. Sintomas:


- periférica: movimento piora, zumbido e hipoacusia. Forte, súbita e limitada.


- central: discreta, insidiosa, crônica.



*se pensar em causa central, tumorações, etc, melhor exame é RNM.



Tratamento:


- agudo: repouso, antieméticos, depressores vestibulares (anti-histamínicos e BZD), com dimenidrato ou diazepam. Por 1 semana. Evitar cinarizina e flunarizina.



>> VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA:


- vestibulopatia periférica


- trauma ou infeções. Espontâneo em idosos. Otolitos soltos flutuando na orelha interna.


- vertigem que dura segundos por movimentos da cabeça, como levantar da cama ou olhar para cima.


- confirma com Dix-Hallpike.


- tto: manobra de Epley recoloca otolitos nos utrículos.



>> NEURITE VESTIBULAR:


- labirintite


- intensa, única, náusea e vômitos


- história de infecção das vias aéreas


- sintomáticos



>> DOENÇA DE MENIÈRE:


- hidropsia e hipertensão de endolinfa


- altas cargas salinas


- recorrentes e intensos