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101 Cards in this Set
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Definição GOLD da DPOC
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Doença caracterizada por uma limitação do fluxo aéreo que NÃO é totalmente reversível.
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A DPOC inclui...(3)
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1. Enfisema (destruição e dilatação dos alvéolos pulmonares)
2. Bronquite crónica (tosse crónica e expetoração purulenta) 3. Doença das pequenas vias respiratórias (bronquíolos distais estreitados) |
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A bronquite crónica sem obstrução do fluxo aéreo não está incluída na definição de DPOC.
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Verdadeiro
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Fatores de risco da DPOC (8)
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1. Tabagismo
2. Hiperreatividade das vias respiratórias 3. Infeção respiratória 4. Exposição ocupacional 5. Poluição ambiental 6. Tabagismo passivo 7. Deficiência de alfa-1-tripsina 8. Outros fatores de risco genéticos |
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Ainda que o número de maços-ano de tabagismo seja o fator preditivo mais significativo do VEF1, que % da variabilidade deste parâmetro ventilatório pode ser explicada pelo número de maços-anos?
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15%
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A DPOC é a 6ª causa de morte nos EUA e a 4ª causa de morte a nível mundial.
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Falso (trocar 4ª/6ª)
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Charutos e cachimbos com maior evidência de associação a DPOC.
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Falso (menor evidência)
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Determinantes genéticos da Asma e DPOC (2)
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ADAM 33
MMP12 |
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As infeções respiratórias são uma importante causa de exarcebações de DPOC, mas a sua associação com o desenvolvimento ou progressão da doença ainda não está provada.
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Verdadeiro
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A poeira do carvão é um fator de risco significativo para enfisema tanto em fumadores como em não fumadores.
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Verdadeiro
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Apesar de várias poeiras e fumos ocupacionais (ex.carvão, ouro, algodão) terem sido sugeridos como FR para DPOC, a magnitude dos seus efeitos parece substancialmente mais importante que o efeito do tabagismo.
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Falso (menos importante)
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A poluição ambiental é um fator de risco tão importante como o tabagismo.
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Falso (muito menos importante)
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A exposição in utero ao tabagismo passivo provoca...
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diminuição do crescimento pulmonar e diminuição significativa da função pulmonar pós-natal.
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ZZ ou ZO está associado ao desenvolvimento tardio de DPOC
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Falso (precoce)
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ZZ ou ZO é a forma mais comum de deficiência grave de alfa1-antitripsina.
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Verdadeiro
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Entre fumadores ativos ou ex-fumadores , o desenvolvimento de DPOC em indivíduos Piz não é absoluto.
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Verdadeiro
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Que % de doentes com DPOC apresenta deficiência grave de alfa1-antitripsina como causa contribuinte.
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1-2%
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Os efeitos do tabagismo na função pulmonar dependem...(3)
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1. intensidade da exposição
2. timing da exposição durante o crescimento 3. função pulmonar de base |
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A taxa de declínio da função pulmonar não pode ser modificada através da alteração de exposições ambientais (ex. cessação tabágico).
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Falso (pode ser modificada)
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A diminuição da FEV1 na DPOC raramente mostra grande resposta a broncodilatadores inalados. Qual a % de melhoria?
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15%
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"Ais trapping" (=aumento VR + VR/CPT) e hiperinsuflação progressiva (=aumento CPT) são fenómenos precoces no curso da DPOC.
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Falso (tardios)
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Efeitos adversos da hiperinsuflação na DPOC (4)
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1. Limitação do movimento da grelha costal, comprometendo a inspiração.
2. < capacidade de gerar P inspiratórias 3. > tensão para produzir a P transpulmonar necessária ao volume corrente. 4. > trabalho dos musculos resp para contrariar a resistência da grelha torácica |
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Na DPOC, a PaO2 é normal até que % de FEV1? E a PaCO2?
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<~50%
<~25% |
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Em que indivíduos ocorre HTP grave o suficiente para causar Cor Pulmonale/IC direita? (2)
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VEF1 <25% do previsto
hipoxemia crónica (PaO2 <55 mmHg) |
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Alguns doentes desenvolverão HTP significativa independentemente da gravidade da DPOC.
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Verdadeiro
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Causas de hipoxemia? (5)
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1. Diminuição da FiO2
2. Desigualdade V/Q +++ 3. Shunting 4. Hipoventilação 5. Diminuição da difusão |
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Qual o principal responsável pela diminuição PaO2 que ocorre na DPOC?
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Desigualdade V/Q
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A exposição ao tabaco pode afetar que estruturas? (3)
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1 .Grandes vias aéreas
2. Pequenas vias aéreas (<2mm) 3. Alvéolos |
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Contagem diferencial de células no lavado broncoalveolar de fumadores.
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aumento de macrófagos - 95% das células presentes
aumento dos neutrófilos - 1-2% das células presentes aumento de linfócitos T (++CD8+) |
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Enfisema centroacinar
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++tabagismo
++lobos superiores e segmentos superiores dos lobos superiores ++Focal |
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Enfisema panacinar
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++def. alfa1-antitripsina
++lobos inferiores uniformemente distribuído (disperso pela área afetada) |
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Exame físico na DPOC por estadios.
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1) Estadios iniciais
EF normal Estigmas de tabagismo 2) Doença + grave prolongamento da fase expiratória+sibilos sinais de hiperinsuflação (ex. tórax em barril) 3)Obstrução severa uso de músculos acessórios posição em tripé cianose (lábios+leitos ungueais) |
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A maioria dos doentes com DPOC contém elementos de bronquite crónica ou enfisema pelo que o exame físico permite distinguir as duas entidades.
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Falso (bronquite crónica "E" enfisema..não permite)
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Em que consiste a emaciação sistémica? (3)
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1. Perda ponderal significativa
2. Emaciação bitemporal 3. Perda difusa do tecido adiposo subcutâneo |
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A emaciação sistémica é um síndrome associado a...
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1. Ingestão oral inadequada
2. Aumento dos níveis de citocinas inflamatórias |
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Sinal de Hoover
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Movimento paradoxal da grelha costal com a inspiração -->associado a hiperinsuflação
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Provas funcionais na DPOC
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↓ FEV1
↓FEV1/CVF ↑ Volumes pulmonares --> ↑ CPT+↑ VR + ↑ CRF (VR+VRE) ↓DLco (refletindo a destruição parenquimatosa) |
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Classificação GOLD - FEV1 por estadios
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I - ≥ 80%
II - 50%≤FEV1<80% III - 30% ≤FEV1<50% IV - <30% ou <50% com insuficiência respiratória ou sinais de insuficiência cardíaca direita |
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Quais os componentes do índice multifatorial que serve como melhor preditor de prognóstico do que a função pulmonar? (4)
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1. Grau de obstrução
2. Desempenho de exercício físico 3. Dispneia 4. IMC |
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Perante uma insuficiência ventilatória (Pco2>45 mmHg) o valor de pH permite a sua classificação em aguda ou crónica. Como varia o pH e a Pco2 nessas duas formas?
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aguda - pH ↓ 0,08/ ↑ 10mmHg Pco2
crónica - pH ↓ 0,03/ ↑ 10mmHg Pco2 |
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Que alterações no Rx tórax sugerem enfisema? (3)
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1. Bolhas
2. Escassez de marcas parenquimatosas 3. Hipertransparência |
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Que alterações no Rx tórax indicam hiperinsuflação? (2)
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1. Aumento dos volumes pulmonares
2. Retificação do diafragma |
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Qual o exame definitivo para confirmar a presença ou ausência de enfisema em indivíduos vivos?
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TC
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A TC tem muita influência no tratamento dos pacientes com DPOC.
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Falso (pouca influência)
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Está indicada a realização do teste para def. alfa1-antitripsina em todos os indivíduos com DPOC ou asma com obstrução crónica do fluxo aéreo.
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Verdadeiro
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3 intervenções capazes de influenciar a história natural dos pacientes com DPOC.
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1. Cessação tabágica
2. Oxigenoterapia para os pacientes com hipoxemia crónica 3. cirurgia de redução do volume pulmonar em pacientes selecionados com enfisema. |
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O uso de GCT inalados pode alterar a mortalidade mas não a função pulmonar dos doentes com DPOC.
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Verdadeiro
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Tx farmacológico da fase estável da DPOC
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1. Abstenção tabágica
2. Broncodilatadores 3. GCT orais 4. Teofilina 5. Oxigénio 6. Outros fármacos |
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Vantagens do brometo de ipratópio
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1. Atenua os sintomas
2. Aumentos imediatos do FEV1 |
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Vantagens do tiotrópio
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1. Melhora os sintomas
2. Diminui as exarcebações (anticolinérgico de ação longa) |
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Estudos com ambos os agentes, Ipratópio e Tiotrópio, demonstraram influência sobre a taxa de redução em FEV1.
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Falso (não demonstraram)
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Recomenda-se uma prova terapêutica com anticolinérgicos inalados aos pacientes sintomáticos com DPOC.
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Verdadeiro
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Principais efeitos adversos dos agonistas β
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Tremor
Taquicardia |
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Os LABAs produzem efeitos benéficos comparáveis aos do brometo de ipratrópio.
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Verdadeiro
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O acréscimo de um agonista β ao tx com anticolinérgico inalado amplia os efeitos benéficos.
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Verdadeiro
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Principais efeitos adversos dos glicocorticóides inalados
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1. candidíase orofaríngea
2. ↑ taxa de perda da densidade óssea |
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Os glicocorticóides inalados reduzem a frequência de exarcebação em que % ?
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25% [25-30% noutro parágrafo do capítulo]
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A prova terapêutica com glicocorticóides inalados deve ser considerada em que doentes?
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1. Exarcebações frequentes (≥2 ano)
2. Demonstram reversibilidade significativa em resposta a broncodilatadores inalados |
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Efeitos secundários do glicocorticóides orais
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1. osteoporose
2. ganho ponderal 3. cataratas 4. intoloerância à glicose 5. ↑ do risco de infeção |
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Vantagens da teofilina nos doentes com DPOC moderada-grave
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1. Melhora modesta nas taxas de fluxo expiratório e na capacidade vital
2. Melhora discreta nos níveis arteriais de oxigénio e dióxido de carbono. |
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Principais efeitos adversos da teofilina
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1. náuses
2. taquicardia 3. tremor |
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Única intervenção terapêutica farmacológica inequivocamente eficaz para reduzir a taxa de mortalidade dos doentes com DPOC
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O2 suplementar
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Em que doentes a administração de O2 exerce um impacto significativo na taxa de mortalidade.
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Doentes com hipoxemia em repouso (sat O2 em repouso ≤ 88% ou <90% com sinais de hipertensão pulmonar ou insuficência cardíaca direita).
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O benefício do O2 na mortalidade é proporcional ao número de horas/dia do seu uso.
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Verdadeiro
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Critérios de elegibilidade terapêutica para a utilização do tx de reposição de α1-antitripsina. (3)
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1. nível sérico < 11 µM (~50 mg/dL)
2. função pulmonar anormal 3. TC anormal |
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Terapêuticas não farmacológicas para a fase estável da DPOC
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1. Medidas gerais
2. Reabilitação pulmonar 3. Cirurgia de redução de volume pulmonar 4. Transplante de pulmão |
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Quais as medidas gerais para a fase estável da DPOC
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1. vacina anti-influenza anualmente
2. vacina anti-pneumocócia polivalente --> recomendada apesar de eficácia não comprovada |
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Vantagens da reabilitação pulmonar
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1. Melhoria da qualidade de vida
2. Melhoria da dispneia e tolerância aos esforços 3. Redução das taxas de internamento ao longo de um período de 6-12 meses. |
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Que doentes são excluídos de cx para redução do volume pulmonar?
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1. Doença pleural significativa
2. PSAP>45 mmHg 3. Descondicionamento extremo 4. ICC 5. Outras comorbilidades graves 6. FEV1 < 20% + enfisema difuso na TC ou DLco <20% do valor previsto |
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Vantagens da CRVP em alguns doentes com enfisema
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1. reduz a mortalidade
2. melhoria sintomática |
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Quais os fatores importantes de prognóstico na CRVP?
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1. distribuição anatómica do enfisema
2. capacidade de realizar exercícios depois da reabilitação |
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Que doentes têm > benefício com a CRVP
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1. baixa capacidade de exercício pós-reabilitação
2. enfisema predominantemente no lobo superior |
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DPOC é a 1ª indicação para transplante de pulmão.
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Falso (2ª)
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Candidatos a transplante pulmonar?
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1. <65 anos
2. Incapacidade grave apesar de tratamento médico máximo 3. Ausência de comorbilidades (hepáticas, renal ou cardíaca) |
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Não constituem contra-indicações ao transplante de pulmão...
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1. distribuição anatómica do enfisema
2. hipertensão pulmonar |
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As exacerbações de DPOC constituem...
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1. episódios de agravamento da dispneia e tosse
2. alterações da quantidd e características da expetoração |
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A qualidade de vida correlaciona-se mais com a frequência das exacerbações do que com a gravidade da obstrução do fluxo aéreo.
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Verdadeiro
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A frequência das exacerbações aumenta com o agravamento da obstrução ventilatória.
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Verdadeiro
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Doentes com obstrução moderada-grave (eatadios III e IV GOLD) em média apresentam quantos episódios de exacerbação por ano?
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3
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A história de exacerbações anteriores é um forte indício para exacerbações futuras.
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Verdadeiro
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Causas precipitantes das exacerbações de DPOC e respetivas %
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1. Infeções bacterianas - muitos dos casos
2. Infeções respiratórias virusais - 33% 3. Ausência de fator precipitante identificado - 20-35% |
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Uma vez que as infeções bacterianas estão frequente/ implicadas na exacerbação de DPOC, a supressão crónica ou ciclos de ATB alternada são benéficos em doentes com DPOC.
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Falso (não são benéficos)
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Farmacoterapia que permite prevenção das exacerbações?
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1. Glicocorticóides inalados (↓ frequência das exacerbações em 25-30%)
2. LABAs e anticolinérgicos -->magnitude de redução das exacerbações é semelhante |
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Em que doentes devem ser considerados os glicocorticoides inalados?
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1. Exacerbações frequentes
2. Componente asmático , i.e., reversibilidade significativa após broncodilatadores inalados. |
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Que vacina demonstrou redução nas exacerbações da DPOC
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vacina anti-influenza
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Nos doentes com DPOC grave preexistente , que se apresentam em desconforto moderado ou grave ou têm sinais focais têm, que % de radiografias tórax mostra anormalidades ?
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~25%
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Quais as causas mais frequentes de anormalidades na radiografia tórax?
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1. Pneumonia
2. ICC |
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Que doentes devem ter uma avaliação da gasometria arterial?
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1. DPOC avançada
2. Hx de hipercápnia 3. Alteração do estado emntal 4. Desconforto significativo |
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A presença de hipercapnia (Pco2>45 mmHg )tem importantes implicações no tratamento.
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Verdadeiro
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Analogamente à sua utilidade nas tx das exacerbações da asma, as provas funcionais, demonstraram ter valor no dx ou tx das exacerbações da DPOC.
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Falso (Contrariamente à sua utilidade...não demonstraram)
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Que doentes com exacerbação de DPOC necessitam de hospitalização?
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1. Acidose respiratória+ hipercápnia
2. Hipoxemia sugnificativa 3. Comorbilidades graves 4. Casos sociais |
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Quais as bactérias implicadas frequente/ nas exacerbações de DPOC?
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1. Streptococcus pneumonia
2. Haemophilus influenza 3. Moraxella catarrhalis |
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Mycoplasma pneumonia e Chlamydia pneumonia são isoladas em que % de exacerbações?
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5-10%
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Vantagens dos GCT inalados nos doentes internados
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1. ↓ do período de hospitalização
2. aceleram a recuperação 3. ↓ exacerbações/recidivas subsequentes num período até 6 M |
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Posologia da prednisolona (orientações GOLD)
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30-40 mg oral 10-14 dias (não há benefício no prolongamento do tx >2 sem)
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Qual a complicação aguda + frequente/ referida no tx com GCT
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hiperglicemia, principla/ nos doentes com dx preexistente de DM.
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A instituição de VPPNI em doentes com insf respiratória (Pco2 >45 mmHg) causa reduções significativas...
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1. mortalidade
2. necessidade de entubação 3. complicações do tx 4. período de hospitalização |
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Contraindicações da VPPNI...
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1. Instabilidade CV
2. Alt do estado mental ou incapacidade de cooperar 3. Secreções copiosas ou incapacidade de eliminar secreções 4. Anormalidade ou traumatismo craniofacial impedindo a adaptação da máscara 5. obesidade extrema 6. queimaduras significativas |
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A ventilação invasiva (tubo endotraqueal) está indicada em doentes com...
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1. hipercápnia grave /acidose grave
2. paragem respiratória 3. hipoxemia potencialmente fatal 4. depressão profunda do estado mental 5. instabilidade hemodinamica 6. dificuldade respiratória grave apesar do tx inicial |
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Qual a taxa de mortalidade em doentes que requerem suporte ventilatório?
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17-30%
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Em doentes >65 anos admitidos na UCI qual a mortalidade no ano seguinte independentemente de terem necessitadoou não de ventilação mecânica?
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60%
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