Use LEFT and RIGHT arrow keys to navigate between flashcards;
Use UP and DOWN arrow keys to flip the card;
H to show hint;
A reads text to speech;
77 Cards in this Set
- Front
- Back
Classificação das anemias hemoliticas
|
Aguda vs crônica. Ligeira vs severa. Congênita cs adquirida. Intravasc vs extravasc. Intracorpuscular vs extracorpuscular.
|
|
Clinica das anemias hemoliticas (AH)
|
Varia conforme a velocidade de instalação da anemia. Sintomas decorrentes da hemolise: ictericia, hepatoesplenomegalia, alt cor urina, alt ósseas.
|
|
Classificação das anemias hemoliticas
|
Ver quadro 106.1; pág 872.
|
|
Características comuns das AH
|
Ictericia, palidez, esplenomegalia, abalamento dos crânio, Hg normal a diminuido, VCM e HCM geralmente aumentados, reticulocitos aumentados, bil aumentada (+ não conjugada), LDH aumentada, AST e uribilinogenio nas fezes e urina aumentados, haptoglobina diminuída a ausente.
|
|
Características comuns das AH
|
Ictericia, palidez, esplenomegalia, abalamento dos crânio, Hg normal a diminuido, VCM e HCM geralmente aumentados, reticulocitos aumentados, bil aumentada (+ não conjugada), LDH aumentada, AST e uribilinogenio nas fezes e urina aumentados, haptoglobina diminuída a ausente.
|
|
Características da AH intra vascular
|
Hemoglobinuria, hemossiderinuria, Hg aumentada, LDH aumentada, haptoglobina diminuída, bil normal ou apenas ligeiramente aumentada.
|
|
Resposta hematopoietica da MO
|
Aumento dos reticulocitos -> aumento do VGM, presença de macrocitos, policromática, GR nucleados
|
|
V/F. E necessário aspirado de MO para o dx?
|
Falso. Mostra hiperplasia eritroide.
|
|
Maturação do GR
|
Há acumulação de Hg (340g/L); processos de apoptose e perda real do núcleo. Não há ribossomas (portanto n há síntese proteica -> atividade enzimática vai diminuindo). Não há mitocondrias (n fazem fosforilacao oxidaria -> apenas anaerobiose para produção de ATP).
|
|
Gold standard para determinar diminuição da sobrevida dos GR?
|
Teste da sobrevida dos GR: marcação com 51C. Pouco disponível e raramente necessário.
|
|
Hemolise no baco
|
Esplenomegalia ->hiperesplenismo c neutropenia e trombocitopenia.
|
|
Hemolise intra vasc cronica
|
Hemoglubinuria -> perda Fe
|
|
Hemolise extra vasc crônica
|
Sobrecarga Fe (hemocromatose 2a -> cirrose e IC).
|
|
Hemolise compensada
|
N há anemia, devido ao estímulo potente de EPO. Pode tornar se descondensada: gravidez, défice folato, IR, infecao aguda.
|
|
Infecao por Parvovirus B19
|
Queda drástica da Hg -> crise aplasi
|
|
Componentes da membrana do GR
|
Dupla camada lipídios c fosfolipidios, colesterol, proteínas (as mais abundantes são a glicoforina e a banda 3 que e um transp anionico).
|
|
Principal proteína do citoesqueleto
|
Espectrina.
|
|
Proteínas de ligação entre membrana e citoesqueleto
|
Anquirina e bandas 4.1 e 4.2
|
|
Esferocitose hereditaria
|
Relativamente comum: 1:5000. GR anormalmente suscetíveis a lies no meio hipotonico (testes de fragilidade osmotica). Pode surgir de mutações AD classicamente ou algumas formas mais graves são AR.
|
|
Doenças do complexo citoesqueleto-membrana
|
Esferocitose e elipticitose hereditárias
|
|
Características clínicas da EsH
|
Icterícia, esplenomegalia, litiase biliar (e esta última em dtes jovens que leva a investigação dx)
|
|
Características laboratoriais da EsH
|
Anemia normocitica e aumento da CHCM!
|
|
Características laboratoriais da EsH
|
Anemia normocitica e aumento da CHCM!
|
|
Dx da EsH
|
Morfologia dos GR, teste fragilidade osmotica (pink test), testes geneticos.
|
|
Tratamento da EsH
|
Esplenectomia e quase obrigatória na EsH (1.baco e o local preferencial de destruição dos GR; 2. Circulação esplénica torna as cels mais esferociticas acelerando a sua morte).
|
|
Tx da EsH: guidelines para esplenectomia
|
1. Evitar esplenectomia nos casos ligeiros; 2. Adiar esplenectomia até >4anos, após risco de sepsis grave atingir o pico; 3. Dar vacina anti pneumococica antes da esplenectomia e imperativo! 4. Dts necessitam frequentemente de colecistectomia.
|
|
V/F? Profilaxia c penicilina após esplenectomia?
|
E controverso!
|
|
Elipticitose hereditária (EH)
|
N há relação direta entre morfologia eliptocitica e a gravidade clinica. Características clínicas e abordagem clinica semelhante a EsH.
|
|
Eliptocitose hereditária (EH)
|
N há relação direta entre morfologia eliptocitica e a gravidade clinica. Características clínicas e abordagem clinica semelhante a EsH.
|
|
Tx EH
|
Esplenectomia nos casos graves. Embora o baço n tenha um papel específico como na EsH.
|
|
Ovalocitose do sudeste asiatico
|
Até 7% em algumas populações, devido a seleção pela malária.
|
|
Distúrbios transporte dos catioes
|
Raros, AD. Caracterizam se por aumento de Na+ intracelular e perda de K+. Em alguns casos ocorre ganho de água -> GR estão hiperidratados (CHCM baixa): estomatocitose. Noutros casos ocorre perda de água -> GR estão desidratados (CHCM alta): xerocitose.
|
|
Tx dos distúrbios do transporte de catioes
|
Esplenectomia está contra-indicada!! Na maioria dos casos foi seguida por complicações tromboembolicas graves.
|
|
Anormalidades da via glicolitica
|
São tdas hereditárias e são tdas raras!
|
|
Deficiência piruvatoquinase
|
Entre tdas as anormalidades da via glicolitica esta e a menos rara (1:10.000). Clinica: ictericia neonatal que persiste, reticulocitose mto elevada, intensidade da anemia e variável. Atraso no dx deve se ao bloqueio metabólico que aumenta o 2,3-DPG que aumenta a libertação de O2 nos tecidos.
|
|
Tx da Deficiência piruvatoquinase
|
Suplementos de ácido folico, transfusões qdo necessário (+quelacao do Fe), esplenectomia na dca grave, transplantes MO nos casos graves com doador familiar.
|
|
Outras anormalidades de enzimas glicoliticas
|
Baco frequentemente aumentado, alt SNC (por vezes c atraso mental grave -> def triose fostato isomerase) e/ou sistema neuromuscular.
|
|
Tríade das AH:
|
Anemia normo a macrocitica, hiperbilirrubinemia, reticulocitose.
|
|
Deficiência de G6PD
|
Existe em tdas as células aeróbias mas no GR e ainda mais importante pq e a única fonte de NADPH (proteção contra stress oxidativo). Deve se a interação entre uma causa intra e extracorpuscular, pq na maioria dos casos a hemolise e desencadeada porque agente exógeno.
|
|
Deficiência de G6PD - genetica
|
E ligada ao x. Homens: normais ou c deficiência. Mulheres: normais, com deficiência (homozigotas), intermediários (heterozigotas). Devido ao processo de inativacao do cromossoma x, mulheres heterozigoticas tem diferentes ratios cels normais:cels deficientes e podem ser tão afetadas como os homens hemizigotos.
|
|
Deficiência de G6PD - epidemiologia
|
Disseminada nas áreas tropicais e subtropicais. Nalgumas zonas atinge 20% ou mais. Polimorfismo confere proteção para a malária por Plasmodium falciparum.
|
|
Deficiência de G6PD - clinica
|
Maioria assintomatico durante tda a vida. Todos tem risco aumentado para ictericia neonatal e AH aguda se expostos a agentes oxidativos. Ictericia tem incidência máxima no 2/3dia de vida e a anemia n e grave. Contudo alpiste ser grave se coexistência de: infecao, prematuridade, fatores ambientais (bolas de naftalina), dca associada (sdr gilbert). Se n for bem tratada-> kernicterus e dano neurológico permanente.
|
|
Deficiência de G6PD - anemia hemolitica aguda
|
Principalmente devida a hemolise intravascular. Principais desencadeantes: favas, infeções, fármacos. Clinica: mal estar, fraqueza, dor lombar ou abdominal, algumas horas após ou 2/3dias com ictericia e hemoglobinuria. Início pode ser extremamente rápido (principalmente em crianças c favismo); anemia moderada-extremamente grave, normo normo. Esfregaco sanguíneo: anisocitose, esferocitos, policromasia, poiquilocitos bizarros (cels hemifantasmas, cels mordidas e em forma de bolha).
|
|
Deficiência de G6PD - coloração com metil violeta
|
Teste que raramente se faz. Mostra corpúsculos de Heinz: aparecem na Hg instável e no dano oxidativo aos GR.
|
|
Ameaça mais grave nos adultos da AH aguda?
|
IRA (raramente em crianças).
|
|
Anemia hemolitica não esferocitica crônica
|
Afeta sempre homens! Normalmente existe hx de ictericia neonatal; anemia ou ictericia inexplicável, litiase biliar na idade adulta; Baco pode estar aumentado; gravidade de anemia variável; anemia normo-macrocitica c reticulocitose; bil e LDH aumentados. Curso crônico com exacerbacoes c os mesmos desencadeantes da AH aguda.
|
|
Poiquilocitose infantil
|
AH rara, grave, auto limitada, no 1o mês de vida, devida a def da glutationa peroxidase por défice transitório de selenio.
|
|
Tratamento do défice de G6PD
|
Prevenção! Na maioria dos casos n e preciso Tx específico. Se a anemia e grave, principalmente em criancas -> emergência (transfusão). Se IRA pode ser necessário dialise, mas a regra e a recuperação completa.
|
|
Tx da anemia hemolitica não esferocitica crinica
|
Nos casos leves: suplem ácido folico e vigilância. Raramente são necessárias transfusões regulares (fazer tb quelacao do Fe nestes casos). Nos casos graves fazer esplenectomia.
|
|
Défice de pirimidina 5'nucleotidase
|
Enzima importante no catabolismo dos nucleotideos. Rara. Mas fica em 3o lugar a seguir a def de G6PD e PK. Tem GR c pontilhado basofilico. Anemia crônica, de intensidade variável, pode beneficiar se de esplenectomia.
|
|
SHUa
|
Distúrbio raro; afeta ++crianças. Defeitos qq um de vários genes q codifica proteínas do complemento. Tríade: AH microangiopatica c GR fragmentados, trombocitopenia ligeira, IRA.
|
|
Causas da SHUa
|
Infecao intercorrente ativa via alterna do C' -> lesão das cels endoteliais, +rim e hemolise franca. Taxa mortalidade na fase aguda até 15%. Progressão para DRC até 50%. Infecao tende a recorrer -> px grave!
|
|
Tx da SHUa
|
Plasmaferese.
|
|
Anemias hemoliticas adquiridas
|
Destruição mecânica, agentes tóxicos e fármacos, infeções e anemia hemolitica AI (e a forma de AH adquirida mais comum, excepto em áreas onde a malária e endémica).
|
|
Destruição mecânica dos Gr
|
Cursa com hemolise intravasc e hemoglobinuria. Hemoglobinuria da marcha: aguda e auto infligida. Anemia hemolitica microangiopatica: crônica e iatrogenica -> ocorre nos dts c próteses de válvulas cardíacas principalmente c insuficiência.
|
|
Fármacos e agentes tóxicos que causam AH adquirida
|
O2hiperbarico, cloratos, nitratos, azul metileno, cisplatina, dapsona, compostos aromáticos; chumbo (provoca pontilhado basofilico nos GR), cobre, arsênio; veneno cobra e víbora, picada de aranha.
|
|
Infeções que causam AH adquirida
|
Em áreas endêmicas: malária e a causa mais frequente de AH. Nas outras a mais frequente e a E.coli O157:H7, produtora da toxina Shiga (SHU). Sepsis por C.perfringens.
|
|
AH auto imune (AHAI) fisiopatologia
|
Atc anti atg dos GR. Se IgG liga ao GR: ativação dos macrofagos ->hemolise extravasc (fígado, MO, baço). Se IgM liga ao GR: ativação do C' -> hemolise intravasc.
|
|
AHAI clinica
|
Mtas vezes abrupta e dramática: Hg pode descer até aos 4g/dL em dias! Tríade de anemia, ictericia e esplenomegalia importante para a suspeita!
|
|
AHAI dx
|
Teste de Coombs (ou teste de anti globulina): deteta presença de atc nos GR. As vezes o atc pode ser específico (atc Rhesus anti-e), em mtos casos o atc e inespecifico pq reage c quase tdos os tipos de GR.
|
|
AHAI causa
|
A causa e obscura! Pode ser isolada ou pode ser parte de uma dca auto imune sistêmica (LES). Pode estar associado a Sdr Evans (trombocitopenia AI).
|
|
AHAI Tx
|
AHAI grave e aguda: pode ser uma emergência -> transfusão GR. 1a linha: CCT (prednisona 1mg/kg/dia) permite remissão rápida em pelo menos 50%, recidivas n são raras! 2a linha: esplenectomia (não cura mas retira um local importante de hemolise e permite <doses de cct)e rituximabe (remissão em 80%, efeito adverso e a leucoencefalopatia multifocal raro). 3a linha: azarioprina, ciclofosfamida, ciclosporina, Ig iv. Nos casos refratários graves: transplante de cels tronco.
|
|
Hemoglobinuria paroxistica a frio (HPF)
|
Caso raro de AHAI. +++crianças, autolimitada, após infecao viral. Caracterizada pelo atc Donath Landsteiner (sua presença faz o dx). In vivo há hemolise intravasc -> hemoglobinuria. Tx: transfusão GR; recuperação e a regra.
|
|
Dca das aglutininas a frio (DAF)
|
Forma de AHAI crônica, +++idosos. Características especiais: Igs reagem c os GR a Temp baixas (+hemolise qdo o corpo e exposto ao frio). Atc podem ser tão elevados que produzem uma gamapatia monoclonal. Atc e IgM, com especificidade anti I, DAF está relacionada c a macroglobulinemia de Waldenstrom (linfoma cels B maduras de baixo grau em estádio precoce).
|
|
Tx da DAF
|
Casos ligeiros: evitar frio. Casos graves: transfusões n são mto eficazes; azatioprina e ciclofosfamida (problema dos efeitos laterais a longo prazo); troca plasma e mto laborioso; esplenectomia e CCT sem interesse. Rituximabe permite resposta em 60%.
|
|
HPN
|
Tríade dx: hemolise intravasc persistente c exacerbacoes recorrentes; pancitopenia; risco de trombose venosa.
|
|
HPN epidemiologia
|
Homens=mulheres. Dca crônica e adquirida. Maioria dos dtes são adultos jovens. N há suscetibilidade hereditária. Nc congênita.
|
|
HPN clinica
|
Hemoglobinuria e um sintoma clássico mas que n e relatado ou e omitido pelo doente. Presença de anemia + trombocitopenia e/ou neutropenia; dores abdominais recorrentes (causadas por trombose); sdr Budd Chiari (na ausência de dca hepática pensar em HPN)
|
|
HPN hx natural
|
Sem tratamento: sobrevida 8-10 anos. Pode evoluir para anemia aplasica e pode manifestar se em doentes que já a tiveram! Raramente evolui para LMA (1-2%). Recuperação completa e rara.
|
|
HPN hx natural da doenca
|
Sem tratamento sobrevida de 8-10 anos. Pode evoluir para anemia aplasica e pode manifestar se em dts que já a tiveram. Raramente evolui para LMA (1-2%). Recuperacao completa e rara.
|
|
HPN investigacao laboratorial
|
Anemia de ligeira a mto grave, normo a macrocitica, morfologia normal, se VGM aumentado deve se a reticulocitose (até 20%), anemia microcitica devido a hemoglobinuria, neutropenia e/ou trombocitopenia, Bil não conjugada aumentada, LDH mto alta, haptoglobina não detetavel, hemoglobinuria varia mto. MO com hiperplasia eritroide marcada, moderadamente deseritropoietica, pode tornar se hipócritas ou mesmo aplasica.
|
|
HPN dx definitivo
|
Suscetibilidade aumentada ao C'. Def de CD55 e CD59 (que normalmente protegem os GR contra o C ativado). Gold standard e a citometria fluxo para GR ou granulocitos -> distribuição bimodal de células com CD59- e CD55- e diagnostica!
|
|
HPN fisiopatologia
|
Deve se a mutação PIG-A no crom X -> encurtamento da GPI (une as proteínas a membrana do GR). Ocorrem mutações diferentes em tdos os doentes -> não são hereditárias! Cada mutação ocorre de novo numa célula tronco hematopoietica (mutação somática). GR e mto sensível ao C' ativado seja pela via alternativa seja pela reação atg-atc.
|
|
HPN tratamento
|
Maioria dos doentes recebe Tx de suporte; transfusões qdo necessário; obrigatório suplementos ácido folico e se necessário suplementos Fe. CCT estão contra indicados!! Único Tx c cura e o transplante MO alogenico, HLA compatível (tdos os dtes jovens c dca grave). Eculizumabe e um atc que bloqueia o C' distalmente a C5 e elimina a hemolise intravasc (dar iv 2/2 semanas).
|
|
HPN-AA tratamento
|
Tx imunossupressor: globulina anti-linfocito e ciclosporina A -> melhora a trombocitopenia e a neutropenia mas sem grande efeito na anemia. Dtes q tenham tido trombose venosa ou c estado trombofilico -> profilaxia regular c anticoagulante.
|
|
Anemia devida a perda sanguínea aguda - estadios fisiopatologicos
|
Ocorre anemia por 2 mecanismos: perda direta de GR; perda de Fe (consumo das reservas). Após perda aguda de sangue, 3 estádios: hipovolemia (com perda consciência e IRA); hemodiluicao (devido a mudança de fluidos para o compartimento intravasc. Hipovolemia ->anemia); resposta da MO (vai melhorar gradualmente a anemia).
|
|
Anemia devida a perda sanguínea aguda - tratamento
|
Repor o sangue perdido rapidamente (transfusão); parar a hemorragia! 2 novos substitutos do sangue: químicos sintéticos a base de fluorocarbonetos e Hg modificada artificialmente.
|