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25 Cards in this Set
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Pré-natal: quantas consultas? |
Mínimo de 6. Primeiro tri > 1 Segundo tri > 2 Terceiro tri > 3 Ideal: Mensal até 28 sem Quinzenal entre 28 e 36 sem Semanal entre 36 e 41 sem |
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Pré-natal: exames |
T ipagem e Rh E AS e urocultura S exuais (sífilis, hep B e HIV) T oxoplasmose A nemia e açúcar R epetir (princ E,A,S)
*hemograma: primeira consulta e terceiro tri *tipagem e Rh: fazer Coombs indireto se Rh- *glicemia de jejum: primeira consulta e terceiro tri, TOTG se necessário *EAS e urinocultura: primeira consulta e terceiro tri *VDRL: primeira consulta e terceiro tri *anti-HIV: primeira consulta e terceiro tri *toxoplasmose: a cada 2-3 meses caso mulher suscetível *hepatite B: primeira consulta e terceiro tri |
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Pré-natal: baixo ou alto risco? |
Permitem pré-natal na atenção básica: - características individuais (idade extrema <15 ou >45; ocupação mesmo se insalubre; altura <1,45; vulnerabilidade social) - história reprodutiva anterior: se complicações mais simples, RCIU, pré-termo, malformado, macrossomia.
Podem indicar alto risco: - doenças de base da mãe: HAS, DM, e outras... se usa anti-hipertensivo por ex. - história reprodutiva anterior: morte intrauterina, aborto, dç hipertensiva da gestação com desfecho ruim - gravidez atual: acometimentos mais graves. |
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Terminologia |
GESTA: número de gestações total da paciente, não importando a duração ou o número de fetos. PARA: número de gestações em que houve viabilidade fetal. - exclui abortos (<20-22sem ou <500g) - não leva em consideração número de fetos nem se sobreviveram (não aumenta se for gemelar, não cai se for natimorto) - interregno: intervalo interpartal (<2a impede recuperação total; >10a como se nunca houvesse parido) |
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Manobras de Leopold-Zweifel |
A partir do segundo trimestre
Primeiro tempo: - examinador de frente para a pct à direita. - delimita fundo do útero e determina qual polo fetal o ocupa. Situação.
Segundo tempo: - deslizam-se as mãos do fundo em direção ao polo inferior - determina posição fetal, identificando dorso de um lado e membros do outro - determina melhor foco de ausculta fetal
Terceiro tempo: - examina apresentação e sua mobilidade com o estreito superior da pelve - apreender o polo entre o polegar e o indicador/médio e fazer movimentos de lateralidade para verificar penetração da apresentação na bacia e comparar com o outro polo do primeiro tempo
Quarto tempo: - examinador volta suas costas para a paciente e coloca as mãos sobre as fossas ilíacas, caminhando para o hipogástrio - procura penetrar na pelve avaliando grau de insinuação |
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Pré-natal: exame físico |
- peso e altura - sinais vitais - exame das mamas - palpação abdominal: manobra de Leopold
- tamanho do útero: *10-12 sem: sínfise púbica *16 sem: meio caminho do umbigo *20 sem: cicatriz umbilical *20-32 sem: altura do fundo se correlaciona com IG. * técnica: marco zero da fita métrica na borda superior da sínfise púbica e delimita fundo. Fazer com bexiga vazia (altera até 3 cm)
- ausculta fetal - toque vaginal e exame especular. Repetir perto do termo. - colpocitologia oncológica quando indicado - cultura apenas nas pcts de risco (solteiras, múltiplos parceiros, HIV+, DST prévia). Visa a identificar clamídia ou gonococo. |
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Toxoplasmose e gravidez: conceitos |
- Toxoplasma gondii - parasita intracelular obrigatório. Oocisto (nas fezes de gatos), taquizoíto (fase aguda da infecção) e bradizoíto (forma de crescimento lento em cistos teciduais). *lembrando: felinos são hospedeiros definitos e humanos, intermediários.
Transmissão: - oocistos no meio ambiente. Água, poeira inalada. - taquizoítos/bradizoítos em carnes mal passadas.
Transmissão fetal: - máxima no terceiro tri (chega a 90%) - mais grave se precoce. Aborto, natimorto, sequelas graves. |
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Toxoplasmose e gravidez: diagnóstico clínico e sorológico |
Clínica: inespecífica. Febre ou adenomegalia devem sempre levantar a suspeita...
Sorologias na primeira consulta:
IgG: positiva em 2sem e permanece para sempre IgM: positiva em 1sem, mas some em meses, mas pode manter-se (sugere, mas não confirma quadro agudo) IgA: positiva em 1sem e some em 4 meses.
Possibilidades inciais: A) IgG (-) e IgM (-): - pct suscetível - sorologia a cada 2-3 meses durante a gravidez e no momento do parto - prevenção primária: evitar contato com fezes de gatos, alimentos bem cozidos e lavados.
B) IgG (+) e IgM (-): - paciente imune ou infecção crônica - considera-se infecção passada e não reativa em imunocompetentes - imunodeprimidas: risco significativo de reativação, pode precisar de PCR do líquido amniótico.
C) IgG (-) e IgM (+): - infecção aguda ou falso-positivo Alternativas: 1. Dosar IgA. Se +, indica infecção aguda; iniciar tratamento. Se -, era falso-positivo. Opção pouco disponível. 2. Mais comum: iniciar tto direto e repetir sorologia em 3 sem. Se aparecer IgG+, persiste tto. IgG- sugere falso-positivo, suspendendo tto e acompanhando com sorologia a cada 2-3 meses.
D) IgG (+) e IgM (+) - infecção aguda ou crônica, pois pode ser IgM residual Conduta: - teste de avidez do IgG. Feito na mesma amostra inicial! Possibilidades: - avidez <30%: baixa avidez indica infecção aguda (<4 meses). Iniciar tto. - avidez >60%: alta avidez indica infecção antiga (com mais de 4 meses). Imune. Isso se aplica para pcts com menos de 16sem. *notar que o teste de avidez faz mais sentido até 16 sem. Acima disso, baixa ou alta avidez indicam tratamento, pois mesmo a alta avidez não assegura infecção antes da gestação. |
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Toxoplasmose e gravidez: diagnóstico da infecção fetal |
Pacientes com infecção aguda devem ser encaminhadas para serviço de referência. São elas: IgG-/IgM+ (confirmando sorologia em 3 semanas após tto "profilático"), IgG+/IgM+ com baixa avidez ou acima de 16 sem.
Alternativas: - padrão-ouro: PCR de líquido amniótico acima de 16 sem. Feito por amniocentese. - cordocentese Realizar USG mensal em pcts com toxoplasmose aguda em busca de complicações fetais. USG normal não afasta infecção congênita. |
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Toxoplasmose e gravidez: tratamento |
Iniciar logo da detecção de infecção aguda materna, antes mesmo de averiguar infecção fetal.
1. Espiramicina 1g VO 8/8hr - enquanto não comprovar infecção fetal - caso não se comprove a infecção fetal (PCR negativo): manter até o parto - mesmo com infecção se antes de 20sem (não pode pirimetamina por risco de terarogenia) - mesmo com infecção após 37sem (não pode sulfadiazina por risco de kernicterus)
2. Alternância entre espiramicina e esquema tríplice (sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico) a cada 3 semanas - entre 20-37sem se infecção comprovada por PCR ou alterações ao USG.
[*apenas MS recomenda esquema tríplice após 30sem mesmo sem acometimento fetal comprovado...] |
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Exame de urina |
EAS e urinocultura pelo menos na primeira consulta e terceiro trimestre.
Tratar todas as infecções, inclusive bacteriúria assintomática. *bacteriúria assintomática: jato médio com >10^5 UFC/ml em assintomáticas.
Microorganismo mais comum: E. coli.
Tto: ATB. Em sintomáticas, não precisa esperar cultura para tratar.
Acompanhamento após tto: - nova urinocultura em uma a duas semanas após tto. - repetir mensalmente. - se duas infecções (mesmo se bacteriúria), ATB profilático até o final da gestação e urinocultura mensal. |
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USG na gravidez |
Não é rotina pelo MS. Autores sugerem pelo menos 1 por trimestre. Se só puder fazer 1, escolher o segundo trimestre (18 a 22sem).
Idealmente: - ao confirmar gestação: IG e local de implantação - primeiro trimestre (11-14sem): IG por CCN e diâmetro do saco gestacional; BCF; translucência nucal; osso nasal; dopplerfluxometria do ducto venoso) *se translucência nucal >2,5mm maior chance de aneuploidias princ de Turner, Down e cardiopatia congênita. - segundo trimestre: 18-24sem. Exame "morfológico". IG por DBP ou CF. |
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Rastreio e profilaxia para infecção por Streptococcus do grupo B: indicações |
GBS. Profilaxia no parto.
Meta: evitar sepse neonatal precoce.
Rastreamento: 35-37sem por swab vaginal e retal.
Recebem profilaxia: - gestante com cultura positiva entre 35-37 sem - gestante com fatores de risco (na indisponibilidade da cultura): trabalho de parto com <37sem, temperatura intraparto >=38 graus ou amniorrexe há mais de 18 hrs. - gestante com bacterirúria por GBS em qualquer fase da gravidez mesmo se tratada (dispensa swab) - gestante com filhos acometidos por infecção por GBS em gestação anterior (dispensa swab)
Não recebem profilaxia: - cesariana eletiva (mesmo se swab positivo) na ausência de trabalho de parto ou RPMO - gestantes com cultura negativa a menos de 5 semanas do parto (mesmo se encaixar nos fatores de risco acima) - gestação anterior com culturas positiva em gestação anterior e negativa na atual. Supõe-se que tratou. |
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Rastreio e profilaxia para infecção por Streptococcus do grupo B: esquema |
No momento do trabalho de parto ou amniorrexe.
Preferido: Penicilina G cristalina 5 milhões U IV de ataque seguidas de 2,5 mi 4/4hrs até o parto Alternativa: Ampicilina 2g de ataque e 1g de manutenção
Em alérgicas: cefazolina ou clindamicina. |
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Higiene pré-natal e orientações gerais |
- evitar irrigação vaginal - evitar grande atividade física - atividade sexual liberada - fumo e álcool proibidos. Sem dose segura. |
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Nutrição no pré-natal |
Hiperproteica, hipolipídica e hipoglicídica.
Aumentar consumo de cálcio, mas reposição, apesar de parecer benéfica, não tem efeito para população geral.
Ferro: em sulfato ferroso - se Hb >11: para todas, profilaxia. 40-60 mg de Fe elementar (200-300 mg de sulfato ferroso). A partir da semana 20 até 3 meses após o parto (para as que não amamentam) ou até fim da amamentação (lactantes). Antes das refeições. 1cp/dia. - se Hb 8-11: anemia leve/moderada. Dose de tto para anemia ferropriva após descatar causas como parasitoses. 120-240 mg ferro (600-1000mg de sulfato ferroso) até voltar a 11 e depois fazer dose profilática. Normalmente 5cp/dia. - se Hb<8: alto risco. Referenciar.
Ác. Fólico: evita defeitos do tubo neural. - ideal: 3 meses pré-concepção até o fim do primeiro trimestre - 0,4mg/dia em geral e 4 mg/dia se filhos anteriores com defeitos ou uso de anticonvulsivantes. Na prática: 5mg/dia.
Não precisa repor vitaminas. Hipervitaminose A é teratogênica. |
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Vacinas e imunoglobulinas no pré-natal |
Não devem ser utilizadas vacinas de vírus vivos atenuados (sabin, caxumba, sarampo, rubéola).
Imunoglobulinas podem ser dadas normalmente.
Vacinas inativas podem ser dadas: tétano/difteria/coqueluxe, hepatite B, influenza, raiva (se precisar), meningocócica (se precisar)
1. Influenza: indicada em qualquer período gestacional, na campanha anual. Utilizada vacina sem adjuvante.
2. Rubéola: se tomar inadvertidamente durante a gravidez, encaminhar para centro de referência. Ideal seria vacinar antes, aguardando um mês para engravidar.
3. Febre amarela: só em surtos. Lactantes de menores de 6 meses também não devem tomar. * ver com atenção em materiais sobre vacinação se manteve assim.
4. Tétano: parece que em qualquer IG, intervalo de 60d. Esquema completo é de 3 doses. - esquema incompleto: completar esquema, independente de quando foi última dose. - esquema completo há menos de 5 anos: não precisa. - esquema completo há mais de cinco anos: dose de reforço.
5. Coqueluche: dTpa. A partir de 20 semanas e com 60d de intervalo, e puerpério (até 45 dias) também para as não vacinadas na gestação. *a dTpa tem que ser a última - gestantes não vacinadas para dT: 2 doses de dT + 1 dose de dTpa - vacinadas com uma dose de dT: 1 dose de dT + 1 dose de dTpa - vacinadas com duas doses de dT: 1 dose de dTpa - esquema dT completo independente de necessidade de reforço: 1 dose de dTpa, já servindo como reforço se fosse precisar. - dT completo e dTpa em gestação prévia: 1 dose de dTpa (serve só para aquela gestação). |
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Aconselhamento genético: introdução |
A) Anomalias cromossomais: - 46 cromossomos, 44 autossômicos em 22 pares e um par de cromossomos sexuais (23). - aneuploidias (dçs numéricas) ou alterações estruturais. B) Anomalias monogênicas - autossômicas - recessivas - recessivas ligadas ao X: prevalecem em homens. Hemofilia A, daltonismo. - dominantes ligadas ao X: mais em mulheres. C) Anomalias poligênicas ou multifatoriais |
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Aconselhamento genético: investigação |
Testes de triagem: exames não invasivos para populações de baixo risco visando a identificar grupo que se beneficiaria de exames invasivos. - a toda mulher abaixo de 35 anos, oferecer testes bioquímicos e USG.
Testes diagnósticos: invasivos. Podem dispensar rastreio antes se alto risco. Mas podemos fazer rastreio antes para refinar investigação. - mulheres acima de 35 anos ou com outros fatores de risco. Fatores na foto. |
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Aconselhamento genético: rastreio |
A) Testes bioquímicos: - Teste duplo: beta-hCG e PAPP-A (proteína plasmática A associada à gravidez). Primeiro trimestre (11-13 sem). Na sd de Down, beta-hCG aumenta e PAPP-A cai. Nas trissomias do 18 (Edwards) e 13 (Patau), ambas caem.
*a do 16 nem entra, pois gera aborto precoce.
- Teste triplo: segundo trimestre (não fizeram o duplo, 15-18sem). AFP, estriol e hCG. Na sd de Down, AFP cai. Beta-hCG aumenta na sd de Down (marcador mais sensível para triagem). Estriol cai na sd de Down.
- Teste quádruplo: triplo + inibina A. Inibina-A aumenta na trissomia do 21 (Sd de Down).
*Defeitos do tubo neural: AFP eleva muito quando temos partes do SNC não recobertas por tegumento. Risco de anencefalia, espinha bífida, encefaloceles. Fazer USG. Se não conclusiva, amniocentese.
*NIPT: exame de fragmentos de DNA fetal no sangue da mãe. Muito acurado. Bom para pacientes com risco intermediário (evitaria intervenções desnecessárias).
B) testes biofísicos: - USG: idealmente entre 11-14sem (CCN deve estar entre 45 e 84mm). Inicialmente, inclui TN + osso nasal + ducto venoso. Morfológico do primeiro trimestre.
- translucência nucal: feito entre 11 e 14 sem. Transparência no dorso do feto. Indica aneuploidias, especialmente Sd. de Down. Valor normal até 2,5mm, se maior é suspeito, mas maioria ainda não apresenta anormalidades. Também indica cardiopatias congênitas.
- osso nasal: ausente ou hipoplásico na trissomia do 21
- ducto venoso: onda A ausente ou reversa na trissomia do 21.
- defeito do tubo neural: fazer após achar AFP alta. Sinais: incisura frontal (sinal do limão), ventriculomegalia, cerebelo alongado (sinal da banana), DBP reduzido. |
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Aconselhamento genético: trissomia do 21, resumo |
Translucência nucal aumentada. Entre 11-14 sem.
PAPP-A reduzida
Beta-hCG aumentada
AFP diminuída
Estriol diminuído
Inibina A aumentada
Osso nasal ausente ou hipoplásico. Entre 11-14 sem.
Ducto venoso com fluxo reverso ou ausente. Entre 11-14 sem. |
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Aconselhamento genético: diagnóstico |
Requer exames invasivos. *Fazer imunoprofilaxia para todas as gestantes Rh-negativo que fizerem exames invasivos. A) Biópsia de vilo corial: apenas entre 10-13 sem - amostra de tecido trofoblástico - risco de mosaicismo - resultado em 4-7d
B) Amniocentese: >=14 sem - obtenção de líquido amniótico com células fetais -resultado em 2-3sem - no geral, o mais simples e seguro
C) Cordocentese: >= 18 sem - coleta percutânea de sangue da veia umbilical - usada no dx e tto da doença hemolítica perinatal - resultado em 1-3d - o mais arriscado
D) biópsia do tecido fetal |
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Extra: questões |
- contrações de Braxton Hicks: contrações incoordenadas, frequentes, de baixa intensidade e fisiológicas da gravidez. Não tem a ver com progesterona.
Questão da foto: resposta E. Bacteriúria só acima de 10^5 UFC. |
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Extra: resumo da periodicidade dos exames |
Saber |
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Extra: questões |
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