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34 Cards in this Set

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Crise epilética

Ocorrência transitória de manifestações devido a um excesso anormal ou atividade neuronal síncrona no cérebro, não provocada

Crise provocada

Crise com origem num evento agudo (traumatismo, fase aguda de AVC, desequilíbrios iónicos graves, hipoglicemia, infeções sistémicas ou do SNC, abstinência, overdose, insuficiência hepática e renal, hipertermia)

Epilepsia

Condição caraterizada por uma predisposição duradoura parar gerar crises epilépticas espontâneas e pelas suas consequências neurobiológicas, cognitivas, fisiológicas e sociais

O que é necessário que ocorra para estabelecer um diagnóstico de epilepsia?

Pelo menos 2 crises não provocadas separadas por pelo menos 24h


ou


Uma crise não provocada com caraterísticas de EEG que estabelecem um risco de futuras crises semelhantes ao risco geral de recorrência de 2 crises não provocadas

Qual a probabilidade de ter uma nova crise em qualquer pessoa com crise não provocada?

50%

Quando se pode considerar a epilepsia resolvida?

Indivíduos livres de crises nos últimos 10 anos, sem uso de anticonvulsivantes nos últimos 5 anos

Principal classificação das crises epilépticas

Primariamente generalizadas (despolarizam nos dois hemisférios ao mesmo tempo)


Crises focais/parciais (começam num ponto específico do córtex, mesmo que depois se "espalhe")

Como se classificam as crises epilépticas com base na afecção da consciência?

Crises simples - sem perturbação da consciência


Crises complexaz - com perturbação da consciência

Tipos de crises primariamente generalizadas

Tónico-clónicas


Tónicas


Clónicas


Mioclónicas


Atónicas


Ausências

Crises tónico-clónicas

Convulsivas e complexas


Fase tónica - contração muscular com extensão das extremidades (10-30s)


Fase clónica - contração e relaxamento alternado com tremor simétrico (30-60s); segue-se fase de atonia


Após a crise - cefaleia, confusão (10-30min)

Crises tónicas

Contrações musculares contínuas, cianose e mordedura da língua


Crises complexas

Crises clónicas

Tremores repetitivos e simétricos por contração rítmica dos músculos


Crises complexas

Crises mioclónicas

Contrações breves (ms) que podem ser localizadas a grupos musculares ou generalizadas


Crises simples


Se ocorrerem repetições, cada tremor corresponde a uma crise única

Crises atónicas

Perda total do tónus postural


Perda de consciência tão fugaz que o doente nem se apercebe

Ausências

Perturbação da consciência sem movimento


Duram cerca de 15s


Podem ser acompanhadas de automatismos


Induzidas por hiperventilação


Não há período de cansaço nem confusão mental após a ausência

Quais são os 2 mecanismos fisiopatológicos das crises epilépticas?

Alterações na excitabilidade neuronal (funcional) - originam especialmente crises tónico-clónicas


Alterações nos circuitos neuronais (estrutural) - maior risco de epilepsia subsequente

Quais as causas mais frequentes de crises provocadas?

EAM


Alterações eletrolíticas (Na, Ca e Mg baixos)


Alterações endócrinas (glicemia, hipertiroidismo, hipoparatiroidismo)


Falência renal e hepática


Infeções


Abstinência


Trauma encefálico


Crises febris

Fármacos mais frequentemente associados a crises provocadas

Analgésicos e anestésicos locais


Antidepressivos


Antineoplásicos


Antipsicóticos


Antibióticos

Crises não provocadas primárias

75% dos casos


Não estão associadas a alterações estruturais


Epilepsia de transmissão genética/hereditárias


Início entre os 5 e os 25 anos


Idiopáticas

Crises não provocadas secundárias

Resultantes de lesão estrutural


Adquiridas - ex: AVC, trauma, esclerose tuberosa


Congénitas - malformações congénitas

Crises não provocadas criptogénicas

Suspeita-se de lesão estrutural que não é identificada nos exames de imagem


Semelhantes às secundárias (evolução e tratamento)


Sobretudo focais


Não são próprias de certas idades

Epilepsia refratária

Não responde a fármacos


30% das epilepsias

Epilepsia Rolândica

Epilepsia com pontas centro-parieto-temporais


Frequente em crianças


Crises sensitivo-motoras ao acordar e adormecer

Dados importantes na amnese para caracterização das crises

Frequência


Padrão horário


Tipos de crise


Circunstâncias


Fatores desencadeantes


Descrição


Início


Cor, expressão facial, olhos


Emissão de sons


Consciência


Duração total


Período pós-crítico

Quando devemos pensar que as crises podem ser simuladas?

Não surgem durante o sono


Manifestações muito diferentes de crise para crise


Surgem quando o doente está acompanhado


Não surgem no sono


Período pós-crítico sem confusão

Diagnóstico diferencial de crise epiléptica

AIT


Amnésia global transitória


Enxaqueca


Narcolepsia


Hipoglicemia


Síncope

Síncope

Perda de consciência que é precedida de pródromos específicos (mal-estar, palidez, suores, tonturas)


Não é frequente haver perda de controlo de esfíncteres


Hipotonia


Duração curta


Sem sonolência pós-ictal

Qual é o exame gold-standard para o diagnóstico das epilepsias?

Monitorização vídeo-EEG


O EEG nunca deve ser usado como teste de rastreio

Epilepsia mioclónica juvenil

Epilepsia generalizada com movimento mioclónicos, crises tónico-clónicas e ausências


Crises frequentes ao acordar


Normalmente há preservação da consciência


12-20 anos

Esclerose do hipocampo

Epilepsia refratária


Trauma/infeção SNC em criança seguido de período de latência


Crises parciais complexas


Tratamento cirúrgico

Tratamento agudo das crises epilépticas

Normalmente são autolimitadas, só se tratam anpartir dos 5min de duração para prevenir o estado mal epilético


Benzodiazepinas

Tratamento crónico

Antiepilépticos orais


Levetiracetam


Valproato


Fenitoína (focais)


Carbamazepina (focais)

Estado mal epilético

Crise epilética que não pára ou se repete sem ganho de consciência por mais de 30 minutos


Fases:


- incipiente (até 5min - crises múltiplas/em cluster, confusão, mioclonia)


- precoce (5-30min)


- estabelecido (30-60min)


- refratária (>60min)

Fatores de mau prognóstico das crises epilépticas

Início precoce/tardio (< 1 ano, idade avançada)


Frequência alta desde o início


Crises atónicas


Estadios infantis em salvas


Foco no lobo temporal


Défices focais


Alterações imagiológicas