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TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS:
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Tipos de Orçamentos/Técnicas Orçamentárias compreendem um conjunto de teorias, características, padrões, finalidades e classificações próprias, que identificam/definem o orçamento público de determinada época/período.
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Tipos de Orçamentos/Técnicas Orçamentárias:
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- ORÇAMENTO TRADICIONAL/CLÁSSICO;
- ORÇAMENTO DE DESEMPENHO, OU REALIZAÇÃO, OU FUNCIONAL; - ORÇAMENTO-PROGRAMA; - ORÇAMENTO DE BASE ZERO/ OU ESTRATÉGICO; - ORÇAMENTO DE TETO-FIXO; - ORÇAMENTO PARTICIPATIVO; - ORÇAMENTO INCREMENTAL. |
ATENÇÃO:Exceto os Orçamentos Tradicional e Incremental, os demais são considerados orçamentos/técnicas modernos.
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ORÇAMENTO TRADICIONAL / CLÁSSICO:
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O Orçamento Tradicional é um documento de previsão de receita e autorização de despesas com ênfase no gasto. É um processo orçamentário em que apenas uma dimensão do orçamento é explicitada, qual seja, o objeto de gasto.
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NÃO HÁ PREOCUPAÇÃO COM O PLANEJAMENTO, INTERVENÇÃO NA ECONOMIA OU AS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO, OU SEJA: BASEIA-SE APENAS NA FUNÇÃO ALOCATIVA, E NÃO NA DISTRIBUTIVA E ESTABILIZADORA.
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ORÇAMENTO TRADICIONAL / CLÁSSICO:
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Sua finalidade era ser um instrumento de controle político do Legislativo sobre o Executivo – sem preocupação com o planejamento, com a intervenção na economia ou com as necessidades da população.
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- CRITÉRIO JURÍDICO MAIS VALORIZADO DO QUE O ECONÔMICO;
- NÃO HÁ QUESTIONAMENTO DO LEGISLATIVO, QUE QUER APENAS SABER QUANTO PRETENDIA ARRECADAR E QUANTO SERIA GASTO; - NÃO SE QUESTIONA OBJETIVOS E METAS DOS GOVERNOS. |
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ORÇAMENTO TRADICIONAL / CLÁSSICO:
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Foi baseado no Orçamento Tradicional que surgiu o rótulo de “lei de meios”, haja vista que o orçamento era classificado como um inventário dos “meios” com os quais o Estado contava para levar a cabo suas tarefas – sem preocupação com os fins (resultados).
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ORÇAMENTO TRADICIONAL / CLÁSSICO:
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- NÃO É ADOTADO PLANOS DE TRABALHOS OU OBJETIVOS A SEREM ATINGIDAS.
- CRITÉRIO PARA PROVER OS GASTOS ERA O EXERCÍCIO PASSADO. - BUSCAVA-SE EVITAR A ELEVAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS. |
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CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO TRADICIONAL / CLÁSSICO:
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- NEUTRALIDADE ESTATAL (LAISSEZ-FAIRE = DEIXAR FAZER, ACONTECER NATURALMENTE);
- DISSOCIADO DO PLANEJAMENTO; - FOCO NO OBJETO, SENDO O OBJETIVO (FINALIDADE) PARA O SEGUNDO PLANO; - VOLTADO PARA OS ASPECTOS CONTÁVEIS (NUMÉRICOS). |
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ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU REALIZAÇÃO (OU AINDA ORÇAMENTO FUNCIONAL):
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O Orçamento de Desempenho representa uma evolução do Orçamento Tradicional; buscava saber o que o Governo fazia (ações orçamentárias) e não apenas o que comprava (elemento de despesa). Havia também forte preocupação com os custos dos programas.
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ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU REALIZAÇÃO (OU AINDA ORÇAMENTO FUNCIONAL):
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- SABER COMO GOVERNO GASTAVA ERA IMPORTANTE, CONTUDO, MAIS AINDA ERA SABER PARA QUE SERVIAM OS GASTOS;
- É UMA DAS PRIMEIRAS MODALIDADES DE ORÇAMENTAÇÃO MODERNA; |
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ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU REALIZAÇÃO (OU AINDA ORÇAMENTO FUNCIONAL):
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- INCLUI, ALÉM DA EXPLICAÇÃO DOS ITENS DE GASTO DE CADA UNIDADE, UMA DIMENSÃO PROGRAMÁTICA, OU SEJA, A EXPLICAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO (PROGRAMAS E AÇÕES)
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ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU REALIZAÇÃO (OU AINDA ORÇAMENTO FUNCIONAL):
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A ÊNFASE PASSA A SER A BUSCA POR EFICIÊNCIA E DA ECONOMIA NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS E NÃO NA ADEQUAÇÃO DOS SEUS PRODUTOS ÀS NECESSIDADES COLETIVAS.
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ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU REALIZAÇÃO (OU AINDA ORÇAMENTO FUNCIONAL):
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AINDA NÃO HÁ A VINCULAÇÃO* DO ORÇAMENTO COM UM SISTEMA DE PLANEJAMENTO, QUE RESULTE NA CONSECUÇÃO DOS OBJETIVOS GOVERNAMENTAIS DE LONGO PRAZO.
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* POR ISSO NÃO PODE SER CONSIDERADO ORÇAMENTO-PROGRAMA.
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O ORÇAMENTO DE DESEMPENHO É O PROCESSO ORÇAMENTÁRIO QUE SE CARACTERIZA POR APRESENTAR DUAS DIMENSÕES:
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- OBJETO DE TRABALHO;
- PROGRAMA DE TRABALHO. |
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ÊNFASE DO ORÇAMENTO DE DESEMPENHO OU REALIZAÇÃO (OU AINDA ORÇAMENTO FUNCIONAL):
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Procura-se medir o desempenho através do resultado obtido, tornando o orçamento um instrumento de gerenciamento para a Administração Pública.
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CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO DE DESEMPENHO/FUNCIONAL.:
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- PREOCUPAÇÃO COM O RESULTADO DOS GASTOS;
- BUSCA PELA DEFINIÇÃO DE PROPÓSITOS E OBJETIVOS. |
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ORÇAMENTO-PROGRAMA:
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Esse orçamento foi determinado pela Lei no 4.320/1964, reforçado pelo Decreto-Lei no 200/1967, teve a primeira classificação funcional-programática em 1974, mas foi apenas com a edição do Decreto no 2.829/1998 e com o primeiro PPA 2000-2003 que se tornou realidade.
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O Orçamento Programa é o atual e mais moderno Orçamento Público:
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...está intimamente ligado ao planejamento, e representa o maior nível de classificação das ações governamentais.
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ATENÇÃO: O programa representa o maior nível de classificação das ações de Governo, enquanto a função representa o maior nível de agregação (classificação) das despesas
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O Orçamento Programa é um plano de trabalho que integra – numa concepção gerencial:
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... planejamento e orçamento com objetivos e metas a alcançar.
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A ênfase do orçamento-programa é :
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...nas realizações e a avaliação de resultados abrange a eficácia (alcance das metas) e a efetividade (análise do impacto final das ações).
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É a única técnica que integra planejamento e orçamento, e como o planejamento começa pela definição de objetivos, não há Orçamento Programa sem definição clara de objetivos. Essa integração é feita através dos “programas”, que são os “elos de união” entre planejamento e orçamento.
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ATENÇÃO: Atualmente diz-se que o Orçamento Programa é o elo entre planejamento, orçamento e gestão.
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Quando surgiu o orçamento programa a principal classificação era a funcional-programática. Atualmente o Orçamento programa utiliza diversas classificações que se encontram agregadas na categoria de programação.
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Documento divulgado pela ONU em 1959, segundo o qual o Orçamento Programa é um sistema:
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... que presta particular atenção às coisas que o Governo realiza, mais do que às coisas que ele adquire. Portanto, no Orçamento Programa a ênfase é no que se realiza e não no que se gasta.
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O Orçamento Programa representa uma evolução do Orçamento Tradicional e de desempenho, vinculando-o ao planejamento. Possibilita melhor controle da execução dos programas de trabalho, identificação dos gastos, das funções, da situação, das soluções, dos objetivos, recursos etc.
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CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA:
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- o orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento;
- a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas; |
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CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA:
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- as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas de alternativas possíveis;
- na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício. |
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CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA:
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- a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de planejamento;
- o principal critério de classificação é o funcional-programático. |
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CARACTERÍSTICAS DO ORÇAMENTO-PROGRAMA:
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- utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e de resultados;
- o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais. |
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ORÇAMENTO DE BASE ZERO
(OU POR ESTRATÉGIA): |
É UMA TÉCNICA DE ORÇAMENTAÇÃO
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O Orçamento Base-Zero exige que o administrador justifique, a cada ano, todas as dotações solicitadas em seu orçamento, incluindo alternativas, análise de custo, finalidade, medidas de desempenho, e as consequências da não aprovação do orçamento. A ênfase é na eficiência, e não se preocupa com as classificações orçamentárias, mas com o porquê de se realizar determinada despesa.
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ORIGEM DO ORÇAMENTO DE BASE ZERO:
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Orçamento Base-Zero surgiu no Texas, Estados Unidos, na década de 1970, e nele não há direito adquirido no orçamento. Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e projetos. Inicia-se todo ano, partindo do “zero” – daí o nome Orçamento Base-Zero.
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NO ORÇAMENTO DE BASE ZERO:
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...toda despesa é considerada despesa nova – independentemente de tratar-se de despesa continuada oriunda de período passado ou se tratar de uma despesa inédita/nova
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O Orçamento Base-Zero surgiu para:
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... combater o aumento dos gastos e a ineficiência na utilização/alocação dos recursos. Sua filosofia é romper com o passado: ele deixa de lado os dados históricos de receitas e despesas e exige nova análise e justificativa para os gastos de forma a não perpetuar erros históricos
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Em função da necessidade de a cada ano “provar” que os recursos solicitados devem ser aprovados por serem uma “alternativa viável” – acredita-se que promova a especialização/desenvolvimento dos servidores que atuam na função orçamentária.
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O Orçamento Base-Zero proporciona:
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... informações detalhadas quanto aos recursos necessários para atingir os fins desejados, além de identificar os gastos excessivos e as duplicidades: permite selecionar as melhores alternativas, estabelecer uma hierarquia de prioridades, reduzir despesas e aumentar a eficiência na alocação dos recursos.
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No entanto, sua elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de desprezar a experiência acumulada pela organização
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O Orçamento Base-Zero exige:
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... maior comprometimento do gestor e proporciona mais chances de atingir objetivos e metas – visto que seleciona as melhores alternativas e equilibra as realizações pretendidas com os recursos disponíveis.
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Essas alternativas agrupam um conjunto de gastos denominados “pacotes de decisão”, relacionados em ordem de prioridade, de forma a facilitar a tomada de decisão. Pacotes de decisão9 são alternativas que contêm custos, benefícios e metas. Cada pacote deve ter seu dono/gestor, que deverá justificar, executar e se responsabilizar pelos resultados, sem extrapolar os custos autorizados.
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NO ORÇAMENTO DE BASE ZERO:
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Os pacotes de decisão são criados para facilitar a análise das alternativas e a tomada de decisão pela autoridade superior. São criados diversos pacotes de decisão, que devem conter: objetivos/metas, custos, medidas de avaliação, alternativas, análise custo-benefício.
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Os pacotes de decisão contêm unidades chamadas de Variável Base-Zero, e essas unidades podem ser desmembradas em Núcleos menores. Variável Base-Zero é um agrupamento de despesas que faz parte do pacote de decisão. Núcleos/Níveis Base-Zero são partições das Variáveis Base-Zero (inspirado em Lunkes 2003).
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Principais características do Orçamento Base-Zero:
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- foca em objetivos e metas atuais;
- analisa o custo-benefício dos projetos e atividades; identifica e elimina duplicidades; - assegura a alocação racional de recursos; fornece subsídio p/ tomada de decisão (apresenta várias opções, vários “pacotes de decisão”); - facilita o controle de resultados; exige funcionários capacitados em matéria orçamentária. |
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ORÇAMENTO COM TETO FIXO:
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NO TETO FIXO, O CRITÉRIO DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS CONSISTE EM ESTABELECER UM QUANTITATIVO FINANCEIRO FIXO, GERALMENTE OBTIDO MEDIANTE A APLICAÇÃO DE PERCENTUAL ÚNICO SOBRE AS DESPESAS REALIZADAS EM DETERMINADO PERIODO,...
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...COM BASE NO QUAL OS ÓRGÃOS/UNIDADES DEVERÃO ELABORAR SUAS PROPOSTAS ORÇAMENTÁRIAS PARCIAIS. TAMBÉM CONHECIDO NA GÍRIA COMO "TETO BURRO".
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ORÇAMENTO PARTICIPATIVO:
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O Orçamento Participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da população, ou através de grupos organizados da sociedade civil, como a associação de moradores. Até o momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal.
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Alguns autores destacam o caráter educativo desse orçamento, visto que proporciona à comunidade local o conhecimento dos principais problemas enfrentados pela cidade, assim como das limitações orçamentárias existentes. Ou seja, pode-se perceber que o “buraco de sua rua” é menos importante que a construção de um posto de saúde no bairro vizinho.
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ORÇAMENTO PARTICIPATIVO:
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É um importante espaço de debate e decisão político-participativa. Nele, a população interessada decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados, a cada ano, com os recursos do orçamento.
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Essa técnica orçamentária estimula o exercício da cidadania, o compromisso da população com o bem público, e gera corresponsabilização entre Governo e sociedade sobre a gestão dos recursos públicos.
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O principal benefício do Orçamento Participativo é: ...
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a democratização da relação do Estado-sociedade com fortalecimento da democracia. Nesse processo, o cidadão deixa de ser um simples coadjuvante para ser protagonista ativo da gestão pública.
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Vale ressaltar que somente são colocados para decisão da população os recursos disponíveis para investimentos (parte deles), e a participação do cidadão ocorre no momento de elaboração e muito timidamente na fiscalização de sua execução.
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De acordo com os normativos internos dos Municípios que utilizam essa técnica (Porto Alegre-RS, por exemplo):
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...a autorregulação é uma marca fundamental do Orçamento Participativo, pois as regras são definidas pelos participantes e podem ser por eles modificadas, inclusive, a cada ano
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Esse mecanismo foi reforçado pela LRF, art. 48, parágrafo único: “a transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, Lei de Diretrizes Orçamentárias e orçamentos”.
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ORÇAMENTO INCREMENTAL:
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...é o orçamento feito através de ajustes marginais nos seus itens de receita e despesa.
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O Orçamento Incremental é aquele que:
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..., a partir dos gastos atuais, propõe um aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição dos gastos, sem análise de alternativas possíveis.
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O ORÇAMENTO INCREMENTAL AINDA É USADO:
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...no Brasil (na prática, extraoficialmente), e através de negociação política procura aumentar o orçamento obtido no ano anterior. Compõe-se de elementos como receitas e gastos de anos anteriores, os quais serão ajustados por algum índice oficial para se chegar aos valores atuais. Pode haver pequenas alterações quanto às metas.
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